quinta-feira, 29 de novembro de 2012


DIA DE FINADOS

Publicado em 24 de outubro de 2012 \\ Destaque
Dia 02 de novembro, dia de Finados, haverá dois horários de Missa no Santuário:
  • 15h e 19h30.
Venha para juntos rezarmos pelos nossos conhecidos que partiram para a casa do Pai, dos quais sentimos profunda saudade.
BROTA A VIDA
Novembro. Finados
.
Pranteamos nossos falecidos regando sementes de vida. Vida que teima em renascer com vigor nos canteiros da existência. São lágrimas fecundas que fazem germinar sementes secas. A aparência é de semente morta. Entretanto, semeada e cultivada, florescerá cheia de viço. Assim acontece com nosso ser. Nossa vida está delimitada pelo espaço e pelo tempo, pelas medidas terrenas.
Além de limitada, também nossa matéria é corruptível. Seguimos as leis da ordem natural, inexoráveis.
O que nós semeamos adquire vitalidade sob a condição da morte. Pensamento contraditório. Pensemos. Semeamos sementes, não a planta. Nossa vida corporal é como uma semente, envolta no mistério do amor de Deus, Criador e Pai. Da morte Deus faz brotar a vida. Mistério! Ele nos participa a sua vida plena, a ressurreição. Porém, não voltamos a viver a mesma vida corporal de antes. A vida terrena passa. Nosso corpo vira pó.
Nosso Pai Criador nos enviou o seu Filho com a finalidade de nos tornar participantes do mistério de sua morte e ressurreição. É nos dado participar da sua vida, vida nova, vida no Espírito. Por mais que queiramos descobrir o mistério da vida nova, não conseguimos. Deixemo-nos amar por aquele que nos amou por primeiro. Nossa razão não alcança o mistério do amor. Antes é o amor de Deus generoso e gratuito que nos alcança.
Para quem cultiva a fé e constrói a esperança, a vida não é uma sucessão de ilusões e sim um aprendizado permanente. Na terra, porém, o tempo é muito curto e talvez consigamos aprender poucas lições evolutivas. É difícil para a nossa natureza aceitar a si, aos outros, a vida cheia de contradições. Sim, a vida está cheia de contradição. Como é difícil lidar com o ser humano. Além de limitados, corremos riscos de nos corromper quando a razão e a liberdade não são canalizadas para fazer o bem.
A morte significa renascimento de vida quando eu compreender que é meu egoísmo que precisa morrer para que o amor possa nascer em mim e ao meu redor. Esse é um dos sentidos do batismo, simbolizado pela água. A água é símbolo da vida divina. Mergulhados na água somos lavados do pecado e de todo mal. Purificados, emergimos para servir a Deus e ao próximo.
A morte não é fim, mas o fim de um ciclo, dando início a um novo itinerário evolutivo. Sem uma permanente reforma interior, correspondendo a morte ao egoísmo, ninguém consegue transformar a vida, fazendo dela um dom para si e para os outros. É doando-se que também se recebe. É morrendo que se ressuscita para a vida plena. Amar é viver. Amar é morrer.
Dom Aldo de Di Cillo Pagotto, Arcebispo da Paraíba
EMANUEL ARAUJO CRISTAO=GARANHUNS

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