sábado, 31 de março de 2012

Programação da SEMANA SANTA na Piedade 2012



ACESSE:EMANUEL ARAUJO CRISTAO

Semana Santa 2012

Paróquia Santuário Nossa Senhora da Piedade:

Nossa Senhora do Carmo, São Cosme e São Damião, Nossa Senhora Aparecida, São Sebastiao, Nossa Senhora das Dores, e Nossa Senhora da Piedade.

Dia
Celebração
Horário
Local
Símbolo
1 de abril
Domingo de Ramos
18:00
Procissão começa no Módulo Policial e Missa na Piedade
Ramo verde
2.04 - segunda-feira
Confissões e Missa
16:00 – 20:00
Santuário

3.04 - terça-feira
Confissões e Missa
16:00 – 20:00
Santuário

4.04 - quarta-feira
Procissão do Encontro
19:00
Homens saindo N.S. Aparecida
Mulheres – N.S. do Carmo
Imagem de Cristo e de Maria
5.04 - quinta-feira
Missa dos Santos Óleos
Ceia do Senhor e Adoração
09:00
19:00 – 23:00
Catedral São José
Santuário

Pão
6.04 - sexta-feira
Paixão do Senhor
E Procissão
17:00
Santuário e procissão para São Sebastião
cruz
7.04 - sábado
Vigília Pascal / fogueira
18:00
Santuário
Vela e água
8.04 – domingo
Páscoa do Senhor
Alvorada
Café comunitário
Missa das Crianças
Missa da Ressurreição
06:00
07:00
09:30
18:30
Santuário
Santuário
Santuário
Santuário
Bandeira branca

Cristo Venceu! – ALELUIA *** FELIZ PÁSCOA!!!

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Conheça algumas histórias que multiplicam a devoção a Nossa Senhora.


Nossa Senhora da Piedade


Localizada na Ermida do Santuário, a imagem de Nossa Senhora da Piedade, magnífica e inspiradora, abençoa Minas e seus peregrinos. Esculpida em madeira (cedro) no século 18, a imagem é atribuída a Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho.

A representação de Nossa Senhora da Piedade é figurada portando uma auréola de sete estrelas, que simboliza suas sete dores, enfatizadas pela expressão de angústia e tristeza, que geralmente a acompanha.
Milhares de fiéis procuram o Santuário da Padroeira de Minas para “pagar promessas” pelas graças alcançadas por intercessão da Mãe Piedade.


NOSSA SENHOR


Nossa Senhora da Piedade História

Nossa Senhora da Piedade é aquela que recebendo o Divino Filho em seus braços, depois de sua morte trágica na Cruz, levou-o com os fiéis discípulos e piedosas mulheres até o sepulcro. Foi sempre um tema muito procurado pela arte cristã que encontra nos episódios da vida de Jesus e de sua Santíssima os motivos para edificação, mais ainda, porque nos sofrimentos, encontram os cristãos, um grande consolo, verificando que eles são próprios ao caminho da perfeição, e se Deus os teve, com sua Mãe, não é demais que os mortais os suportem.

A mais remota representação da Senhora da Piedade em Portugal, foi pintada em madeira, que se encontrava numa das capelas do claustro da Sé em Lisboa.

Pertencia a urna antiquíssima Irmandade, que tinha por função principal enterrar os mortos, visitar e confortar os encarcerados e acompanhar os criminosos que iam padecer a pena ultima. Essa pintura representando Nossa Senhora assentada ao pé da Cruz, tendo nos braços Jesus Morto, foi o emblema das Casas de Misericórdia, que por iniciativa de frei Miguel de Contreiras, se fundaram em Portugal, começando pela de Lisboa. Tinha essa Nossa Senhora da Sé de Lisboa, uma Irmandade que se supõe já existia desde antes do ano de 1230, pois foi nesse ano que ela figura no acompanhamento do pai de Santo Antônio, que acusado falsamente de um crime, ia ser levado à forca, quando seu filho, o grande taumaturgo português chegou a tempo de salvá-lo, por uma milagrosa demonstração de sua inocência. Nossa Senhora da Piedade.

Muito venerada em Portugal era Nossa Senhora da Piedade de Merceana, que segundo a tradição aparecera no tronco de uma árvore, no início do século XII. Contam que, certo dia, um lavrador começou a notar que um dos bois de sua manada, lhe desaparecia todo dia à mesma hora, voltando pouco depois. Seguiram o boi e verificaram dirigir-se o animal a uma carvalheira, debaixo da qual se ajoelhava, olhando para um dos galhos.

Encontraram então uma pequena efígie gótica da Senhora da Piedade, que mais tarde foi colocada numa capela construída naquele sítio.

Este culto deve ter entrado no estado de Minas Gerais através dos bandeirantes, pois Nossa Senhora da Piedade era a padroeira de Guaratinguetá, passagem obrigatória nos tempos

viajantes que transitavam entre Rio de Janeiro e São Paulo, e cujo porto era muito freqüentado pelos aventureiros que subiam a serra da Mantiqueira à procura dos veios auríferos nos Campos dos Cataguás.

Talvez o primeiro santuário de Nossa Senhora da Piedade naquela província tenha sido o de Barbacena, antiga Borda de Campolide, onde era venerada uma imagem da Virgem trazida de Portugal por algum imigrante ou por um padre jesuíta, e cuja matriz foi benta em 1748. Daí a devoção se espalhou pela terra mineira, indo localizar-se principalmente na Serra da Piedade. Nossa Senhora da Piedade.

Segundo a tradição, esse santuário plantado no alto da montanha, próxima a Caeté, se prende as perseguições que o Marques de Pombal moveu contra Os jesuítas e varias famílias nobres da Lusitânia. Entre os fugitivos da vingança do ministro de D. José I encontrava-se o arquiteto Antônio da Silva Bracarena, que prometera à Virgem Santíssima construir-lhe uma igreja, se ficasse livre. Tendo se refugiado na Vila Nova da Rainha (hoje Caeté), resolveu erigir um templo no alto da serra que ele avistara rodeada de nuvens. Sua decisão tornou-se mais forte quando soube de um estranho fato acontecido naquele local, alguns anos antes. Uma menina, muda de nascença, avistou por várias vezes no alto da montanha, aureolada de luz, a Virgem Maria trazendo nos braços o seu Divino Filho morto, e após estas visões principiou a falar corretamente.

Bracarena iniciou então a edificação da igreja e mandou vir da cidade do Porto uma imagem de Nossa Senhora da Piedade, de tamanho natural, reprodução em madeira da célebre Pietá de Miguel Ângelo. Esta efígie foi colocada no altar-mor da igreja serrana e a ela são atribuídos vários milagres.


Jesus é depositado nos braços de sua Mãe

Plinio Corrêa de Oliveira

A Redenção se consumou. Vosso sacrifício, Senhor Jesus, se fez inteiro. A Cabeça da Igreja, que sois Vós, sofreu quanto tinha de sofrer. Restava aos membros do corpo padecer também. Junto à Cruz estava Maria Santíssima. Para que dizer uma palavra que seja, sobre o que Ela sofreu? Parece que o próprio Espírito Santo evitou descrever a pungência da dor que inundava a Mãe como reflexo da dor que superabundou no Filho.

O Profeta Jeremias, num tópico de suas Lamentações, colocou na boca do Redentor o seguinte brado de aflição, que este proferiria em Sua Paixão: ‘Ó vós todos, que passais pelo caminho, atentai e vede se há dor semelhante à minha dor’ (Jer. I, 12).

Isto pode aplicar-se também à dor de Nossa Senhora. Só uma palavra a pode descrever: não teve igual em todas as puras criaturas de Deus.

Nossa Senhora da Piedade! É assim que o povo fiel invoca Nossa Senhora quando A contempla, sentada, com o cadáver do Filho divino ao colo. Piedade, porque toda Ela não é senão compaixão. Compaixão do Filho. Compaixão dos filhos, porque Ela não tem só um filho. Mãe dEle, tornou-se igualmente Mãe de todos os homens. E Ela não tem apenas compaixão do Filho, mas também dos filhos.

Ela olha para nossas dores, nossos sofrimentos, nossas lutas. E sorri para nós no perigo, chora conosco na dor, alivia nossas tristezas e santifica nossas alegrias.

O próprio do coração de Mãe é uma íntima participação em tudo que faz vibrar o coração dos filhos. Nossa Senhora é nossa Mãe. Ela ama muito mais cada um de nós individualmente, ainda que seja o mais miserável e pecador, do que poderia fazê-lo o amor somado de todas as mães do mundo por um filho único. Persuadamo-nos bem disto. Nossa Senhora da Piedade.

É a cada um de nós. É a mim. Sim, é a mim, com todas as minhas misérias, minhas infidelidades tão asperamente censuráveis, meus indesculpáveis defeitos. É a mim que Ela ama assim. E ama com intimidade. Não como uma Rainha que, não tendo tempo para tomar conhecimento da vida de cada um dos súditos, acompanha apenas em linhas gerais o que eles fazem.

Ela me acompanha em todos os pormenores de minha vida. Ela conhece minhas pequenas dores, pequenas alegrias, meus pequenos desejos. Ela não é indiferente a nada.

Se soubéssemos pedir, se compreendêssemos a importunidade evangélica como uma virtude admirável, saberíamos ser minuciosamente importunos com Nossa Senhora! E Ela nos daria na ordem da natureza, e principalmente na ordem da graça, muitíssimo mais do que jamais ousaríamos supor.

Nossa Senhora da Piedade! Tanto valeria, ou quase, dizer Nossa Senhora da Santa Ousadia. Porque o que mais pode estimular a santa ousadia – ousadia humilde, submissa e conformada de um miserável – que a piedade maternal inimaginável de quem tudo possui?”

Nossa Senhora da Piedade


Nossa Senhora da Piedade

Nossa Senhora da Piedade

Nossa Senhora da Piedade! É assim que o povo fiel invoca Nossa Senhora quando A contempla, sentada, com o cadáver do Filho divino ao colo. Piedade, porque toda Ela não é senão compaixão. Compaixão do Filho. Compaixão dos filhos, porque Ela não tem só um filho. Mãe dEle, tornou-se igualmente Mãe de todos os homens. E Ela não tem apenas compaixão do Filho, mas também dos filhos. 

Como ser um palestrante, como pregar a palavra de Deus

Publicado dia 11/03/2012, visualizado 57 vezes


Antes de apresentar-se ao público, se estiver tenso, respire fundo durante 30 segundos. Ao ser apresentado, olhe primeiro para o apresentador, depois se dirija a assembléia, olhando direto para as pessoas e não para o teto, mas não fixe o olhar apenas em uma pessoa, pois a deixa constrangida. Evite apresentações pessoais prolongadas, diga apenas seu nome, profissão, estado civil e quantos filhos, se tiver. Mais detalhes não o levará a nada. Fale o tema, o assunto, ou o titulo da pregação para que o público não fique disperso tentando adivinhar sobre o que você esta falando.
Os primeiros minutos da fala de um pregador ou palestrante é o que mais fica na mente dos ouvintes; por isso, não o desperdice. Jamais comece uma fala com desculpas ou histórias engraçadas. Seja: caloroso, animado e cuidadoso.
Não diga o quanto você se preparou para esta fala. Se estiver nervoso ou com problema; se por algum motivo não pode se preparar psicologicamente, estudar, pesquisar o bastante, a assembléia não precisa saber, porque eles certamente irão desviar a atenção, pensando no que estão fazendo ali diante de alguém que não está preparado para lhes falar.
Não faça promessa de que a palestra que irão ouvir será a melhor que já ouviram, porque exageros levam a esperança, que pode ser transformada em frustração, caso os objetivos não sejam atingidos.
A alegria e a motivação são muito importantes; por isso, sorria sempre, o sorriso projeta cordialidade e demonstra confiança. Termine a frase sempre com um semblante feliz e sereno, pois assim, ficamos mais agradáveis aos olhos daqueles que nos vêem e escutam. É fácil praticar isso diante do espelho.
Procure não imitar outros pregadores, seja você mesmo. Nunca pregue com óculos escuros ou de olhos fechados. Fale o essencial do tema a fim de que todos memorizem facilmente. As últimas palavras ficam ressoando nos ouvidos da assembléia, são estas que serão lembradas por mais tempo; então, prepare bem o final para não ficar dando voltas desnecessárias, e fazer igual a um avião que pode pousar, mas fica dando voltas sem aterrissar e por fim fica sem combustível. Ao acabar o assunto, não repita o que já falou, pois irrita as pessoas, é preciso ser objetivo. E jamais termine dizendo: “E isso é tudo que tenho a dizer”.
A fala fica mais interessante, se tiver casos, acontecimentos, que podem ser retirados do seu passado, mas devem ser breves. Ao citar pessoas, mencione nomes fictícios, pois imagine uma história cujo herói não tenha nome.
Faça um compromisso, por escrito, para a realização da pregação ou palestra: deve-se reservar 15 minutos de oração; 30 minutos de estudo e10 minutos de meditação.
”Maldito aquele que faz com negligência a obra do Senhor” – Jr. 48,10
“Prega oportuna e inoportunamente” – II Timóteo 4.1-2

Chedada do Papa Bento XVI a Cuba



Cuba: Bento XVI chega à ilha para visita de três dias

Santiago de Cuba, 26 mar (SIR) – Bento XVI chegou hoje a Cuba para uma visita de três dias à ilha, que se inicia na localidade de Santiago de Cuba. O avião que transportava o Papa aterrou no aeroporto internacional desta cidade, com cerca de 20 minutos de atraso (14h25 locais, mais duas em Brasília), onde o líder da Igreja Católica foi acolhido pelo presidente Raúl Castro e o presidente da Conferência Episcopal de Cuba (COCC), D. Dionisio García, bem como por quatro crianças, que lhe ofereceram um ramo de flores e lhes deram as "boas-vindas". A chegada, Bento XVI teve direito a honras militares, com uma salva de canhão. Cartazes de boas-vindas, painéis e bandeiras de Cuba e do Vaticano estão à espera do Papa na cidade de Santiago, que se apresenta como ‘peregrino da caridade’, 14 anos da visita de João Paulo II, a primeira da história em solo cubano. A região oriental acolhe a parte inicial da visita, mais centrada na celebração do 400.º aniversário da descoberta da imagem da Virgem da Caridade, padroeira de Cuba e um símbolo do país para católicos e não católicos. O santuário situa-se na localidade de El Cobre, a cerca de 20 quilômetros de Santiago de Cuba, onde Bento XVI vai passar esta noite. Pelas 17h30 locais, Bento XVI vai presidir a uma missa na Praça Antonio Maceo [general cubano e líder independentista (1845-1896)], de Santiago de Cuba, dedicada à Virgem da Caridade, “padroeira de todos os cubanos, onde quer que estejam”. 306 peregrinos partiram hoje do aeroporto internacional de Miami (EUA), rumo a Santiago de Cuba, para acompanharem a visita do Papa à ilha, de onde muitos saíram há décadas. O grupo é liderado pelo arcebispo de Miami, D. Thomas Wenski, que convidou à oração por “um futuro de esperança para Cuba". Durante a celebração desta noite, os participantes vão rezar para que todos os habitantes da ilha se “reconheçam como irmãos”, para lá de “qualquer diferença”. Nesta missa, uma estudante angolana vai receber a comunhão das mãos do Papa. Bento XVI segue depois para El Cobre, para visitar, esta terça-feira de manhã, o Santuário da Virgem da Caridade, como peregrino, no ano jubilar celebrado pela Igreja local, após celebrar em privado uma missa. O Papa vai ser ali acolhido por uma banda de tambores metálicos, composta por 14 pessoas, que vai executar algumas obras clássicas e tradicionais. Autoridades governamentais e religiosas pediram à população que acolham o Papa com “afeto e respeito”, como sublinha o texto de boas-vindas na página oficial da viagem, na internet, disponibilizada pelo Ministério das Relações Exteriores de Cuba. Bento XVI, pode ler-se, “vai encontrar uma nação que luta pela dignidade humana, a liberdade, a independência, a solidariedade e o bem comum”.


Fonte: Católico.com

TEMPO DE ORACAO E CONVERSAO

Senhora da Piedade em Portugal


NOSSA SENHORA DA PIEDADE

Nossa Senhora da Piedade é aquela que recebendo o Divino Filho em seus braços, depois de sua morte trágica na Cruz, levou-o com os fiéis discípulos e piedosas mulheres até o sepulcro. Foi sempre um tema muito procurado pela arte cristã que encontra nos episódios da vida de Jesus e de sua Santíssima os motivos para edificação, mais ainda, porque nos sofrimentos, encontram os cristãos, um grande consolo, verificando que eles são próprios ao caminho da perfeição, e se Deus os teve, com sua Mãe, não é demais que os mortais os suportem.

Nossa Senhora da Piedade
A mais remota representação da Senhora da Piedade em Portugal, foi pintada em madeira, que se encontrava numa das capelas do claustro da Sé em Lisboa.
Pertencia a urna antiquíssima Irmandade, que tinha por função principal enterrar os mortos, visitar e confortar os encarcerados e acompanhar os criminosos que iam padecer a pena ultima. Essa pintura representando Nossa Senhora assentada ao pé da Cruz, tendo nos braços Jesus Morto, foi o emblema das Casas de Misericórdia, que por iniciativa de frei Miguel de Contreiras, se fundaram em Portugal, começando pela de Lisboa. Tinha essa Nossa Senhora da Sé de Lisboa, uma Irmandade que se supõe já existia desde antes do ano de 1230, pois foi nesse ano que ela figura no acompanhamento do pai de Santo Antônio, que acusado falsamente de um crime, ia ser levado à forca, quando seu filho, o grande taumaturgo português chegou a tempo de salvá-lo, por uma milagrosa demonstração de sua inocência.
Muito venerada em Portugal era Nossa Senhora da Piedade de Merceana, que segundo a tradição aparecera no tronco de uma árvore, no início do século XII. Contam que, certo dia, um lavrador começou a notar que um dos bois de sua manada, lhe desaparecia todo dia à mesma hora, voltando pouco depois. Seguiram o boi e verificaram dirigir-se o animal a uma carvalheira, debaixo da qual se ajoelhava, olhando para um dos galhos.

Interior da igreja da Serra da Piedade, em Caeté, Minas Gerais
Encontraram então uma pequena efígie gótica da Senhora da Piedade, que mais tarde foi colocada numa capela construída naquele sítio.
Este culto deve ter entrado no estado de Minas Gerais através dos bandeirantes, pois Nossa Senhora da Piedade era a padroeira de Guaratinguetá, passagem obrigatória nos tempos
viajantes que transitavam entre Rio de Janeiro e São Paulo, e cujo porto era muito freqüentado pelos aventureiros que subiam a serra da Mantiqueira à procura dos veios auríferos nos Campos dos Cataguás.
Talvez o primeiro santuário de Nossa Senhora da Piedade naquela província tenha sido o de Barbacena, antiga Borda de Campolide, onde era venerada uma imagem da Virgem trazida de Portugal por algum imigrante ou por um padre jesuíta, e cuja matriz foi benta em 1748. Daí a devoção se espalhou pela terra mineira, indo localizar-se principalmente na Serra da Piedade.
Segundo a tradição, esse santuário plantado no alto da montanha, próxima a Caeté, se prende as perseguições que o Marques de Pombal moveu contra Os jesuítas e varias famílias nobres da Lusitânia. Entre os fugitivos da vingança do ministro de D. José I encontrava-se o arquiteto Antônio da Silva Bracarena, que prometera à Virgem Santíssima construir-lhe uma igreja, se ficasse livre. Tendo se refugiado na Vila Nova da Rainha (hoje Caeté), resolveu erigir um templo no alto da serra que ele avistara rodeada de nuvens. Sua decisão tornou-se mais forte quando soube de um estranho fato acontecido naquele local, alguns anos antes. Uma menina, muda de nascença, avistou por várias vezes no alto da montanha, aureolada de luz, a Virgem Maria trazendo nos braços o seu Divino Filho morto, e após estas visões principiou a falar corretamente.
Bracarena iniciou então a edificação da igreja e mandou vir da cidade do Porto uma imagem de Nossa Senhora da Piedade, de tamanho natural, reprodução em madeira da célebre Pietá de Miguel Ângelo. Esta efígie se encontra ainda hoje no altar-mor da igreja serrana e a ela são atribuídos vários milagres, que atraem todos os anos milhares de peregrinos.
A construção desta capela foi muito demorada, tendo terminado somente em 1770, com o auxílio do povo, e desde então a serra passou a ser denominada Serra da Piedade. Após a morte de Bracarena, que foi sepultado no adro do templo, debaixo do altar da Virgem, vários ermitões o sucederam, continuando a zelar pela Senhora. Apesar disto, a igreja chegou a ameaçar ruir, mas, devido à intercessão do cardeal D. Carlos Carmelo de Vasconcelos Mota, o Patrimônio Histórico e Artístico Nacional resolveu restaurar a tradicional capela, que foi entregue aos cuidados dos frades dominicanos. Por iniciativa desses religiosos foi iniciada a construção da Casa dos Romeiros a fim de abrigar melhor o grande número de fiéis que anualmente sobem a montanha para renderem homenagem à Virgem Santíssima.
Nossa Senhora da Piedade já era considerada um pouco protetora geral de todos os mineiros, quando em 1958 assim foi proclamada por bula do papa João XXIII. Contudo, a sua consagração oficial como Padroeira do Estado de Minas Gerais deu-se a 31 de julho de 1960, na Praça da Liberdade em Belo Horizonte, com a presença do Governador de Minas e autoridades civis, militares e religiosas.
A capela de Nossa Senhora da Piedade, situada a quase 1800 metros de altitude, apresenta ao devoto que sobe a sua escarpada montanha um panorama amplo e maravilhoso e uma alegria semelhante, com certeza, aquela que ele sentirá ao atingir o Paraíso Celeste após a rude caminhada neste mundo, guiado e auxiliado pelas mãos suaves de Maria.
Esta devoção é muito divulgada no Brasil, pois, além das 73 igrejas que a tomaram por Padroeira, encontramos imagens da Virgem Dolorosa em quase todos os antigos templos, espalhados pelo nosso País.

Fontes:

Augusto de Lima Júnior, em "História de Nossa Senhora em Minas Gerais", Imprensa Oficial, Belo Horizonte, 1956, pp. 131-139.
Nilza Botelho Megale, em "Invocações da Virgem Maria no Brasil", Ed. Vozes, 4a. edição, pp. 383-387.

Senhor Jesus


Nossa Senhora da Piedade

Jesus é depositado nos braços de sua Mãe

·         Plinio Corrêa de Oliveira
A Redenção se consumou. Vosso sacrifício, Senhor Jesus, se fez inteiro. A Cabeça da Igreja, que sois Vós, sofreu quanto tinha de sofrer. Restava aos membros do corpo padecer também. Junto à Cruz estava Maria Santíssima. Para que dizer uma palavra que seja, sobre o que Ela sofreu? Parece que o próprio Espírito Santo evitou descrever a pungência da dor que inundava a Mãe como reflexo da dor que superabundou no Filho.
O Profeta Jeremias, num tópico de suas Lamentações, colocou na boca do Redentor o seguinte brado de aflição, que este proferiria em Sua Paixão: ‘Ó vós todos, que passais pelo caminho, atentai e vede se há dor semelhante à minha dor’ (Jer. I, 12).
Isto pode aplicar-se também à dor de Nossa Senhora. Só uma palavra a pode descrever: não teve igual em todas as puras criaturas de Deus.
A Santa Mortalha, na Catedral de Quito, Equador (séc. XVII)
Nossa Senhora da Piedade! É assim que o povo fiel invoca  Nossa Senhora quando A contempla, sentada, com o cadáver do Filho divino ao colo. Piedade, porque toda Ela não é senão compaixão. Compaixão do Filho. Compaixão dos filhos, porque Ela não tem só um filho. Mãe dEle, tornou-se igualmente Mãe de todos os homens. E Ela não tem apenas compaixão do Filho, mas também dos filhos.
Ela olha para nossas dores, nossos sofrimentos, nossas lutas. E sorri para nós no perigo, chora conosco na dor, alivia nossas tristezas e santifica nossas alegrias.
O próprio do coração de Mãe é uma íntima participação em tudo que faz vibrar o coração dos filhos. Nossa Senhora é nossa Mãe. Ela ama muito mais cada um de nós individualmente, ainda que seja o mais miserável e pecador, do que poderia fazê-lo o amor somado de todas as mães do mundo por um filho único. Persuadamo-nos bem disto.
É a cada um de nós. É a mim. Sim, é a mim, com todas as minhas misérias, minhas infidelidades tão asperamente censuráveis, meus indesculpáveis defeitos. É a mim que Ela ama assim. E ama com intimidade. Não como uma Rainha que, não tendo tempo para tomar conhecimento da vida de cada um dos súditos, acompanha apenas em linhas gerais o que eles fazem.
Ela me acompanha em todos os pormenores de minha vida. Ela conhece minhas pequenas dores, pequenas alegrias, meus pequenos desejos. Ela não é indiferente a nada.
Se soubéssemos pedir, se compreendêssemos a importunidade evangélica como uma virtude admirável, saberíamos ser minuciosamente importunos com Nossa Senhora! E Ela nos daria na ordem da natureza, e principalmente na ordem da graça, muitíssimo mais do que jamais ousaríamos supor.
Nossa Senhora da Piedade! Tanto valeria, ou quase, dizer Nossa Senhora da Santa Ousadia. Porque o que mais pode estimular a santa ousadia – ousadia humilde, submissa e conformada de um miserável – que a piedade maternal inimaginável de quem tudo possui?”


Via Sacra, XIV Estação,  “O Legionário”, São Paulo, nº 558, 18-4-1943.
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Nota da Redação:
Escolhemos o trecho acima, pelo fato de se comemorar no presente mês a Semana Santa de Nosso Senhor Jesus Cristo. Além disso, como reparação ao ultraje feito a Nossa Senhora por determinada agremiação carnavalesca, no último carnaval, em São Paulo, ao tentar exibir, de modo sacrílego e grotesco, uma representação da imagem de Nossa Senhora da Piedade.  Uma liminar obtida pela TFP, e outra pela Cúria Arquidiocesana, impediram que essa representação participasse sacrilegamente do cortejo carnavalesco.

São Cláudio la Colombière chancela as revelações



Pe. Cláudio la Colombière, diretor espiritual da santa
Madre de Saumaise ficava cada vez mais confusa no julgamento que deveria fazer de Margarida Maria. Achava-a piedosa, obediente, dócil; entretanto não conseguia interpretar os fenômenos místicos que se passavam com ela. Acreditava na sua sinceridade, porém não tinha ciência teológica para julgar por si mesma o espírito que guiava Margarida. Por isso, julgou prudente fazer com que ela conversasse com alguns eclesiásticos e lhes expusesse o que com ela se passava, para ver que opinião formariam dela. E especialmente com o Padre la Colombière, recentemente nomeado diretor da casa dos jesuítas de Paray.
Logo em sua primeira preleção às monjas, ele notou uma que o ouvia mais atentamente. A superiora informou-lhe que se tratava da Irmã Margarida Maria. “É uma alma visitada pela graça”, comentou o jesuíta.  Ao mesmo tempo, uma voz interior dizia a Margarida: “Eis aquele que te envio”.(22)
Como os santos geralmente falam a mesma linguagem, o Padre la Colombière e a Irmã Margarida Maria logo se entenderam. Por ordem da Madre de Saumaise, “abri-lhe então, sem custo e com toda a lhaneza, o coração, e descobri-lhe o íntimo de minha alma, o bem e o mal”, relata Margarida Maria em sua autobiografia.(23)
Cláudio la Colombière representou assim a caução humana das visões de Margarida Maria. Acontecesse o que fosse — e muita perseguição e incompreensão ainda teriam lugar —, um fato irremissível estava posto: o jesuíta afamado por sua prudência e segurança de juízo estava certo da autenticidade das visões da Irmã Margarida Maria.
Nova Superiora prova Margarida Maria
Madre Péronne Rosália Greyfié chegou para substituir a Madre de Saumaise, no dia 18 de junho de 1678. Ao contrário desta, de grande simplicidade e amabilidade, a Madre Greyfié era rígida e austera, e tomou o partido de fingir que ignorava tudo o que se passava com Margarida Maria, deixando-a até ser objeto de críticas da comunidade, mesmo em coisas por ela autorizadas. Entretanto, tinha-a em alta conta: “Eu notava ainda que as graças que Nosso Senhor lhe concedia serviam para aprofundá-la no baixo sentimento que tinha de si mesma, o que a fazia crer que todas as criaturas tinham o direito de a desprezar e criticar em tudo, levando-a a amar como um tesouro essas ocasiões, das quais ela teria querido somente excluir o que ofendesse a Deus, afligindo-se de ser a causa disso”.(24)
Nosso Senhor lhe disse outro dia que, como havia feito em relação a Jó, o demônio pedira para tentá-la “no cadinho das contradições e humilhações, das tentações e desamparos, como o ouro no fogo”, e que Ele tudo permitira, exceto que a tentasse contra a pureza; que Ele estaria em seu interior como fortaleza inexpugnável, resistindo por ela. “Mas era necessário vigiar continuamente sobre todo o exterior, que do interior cuidaria Ele”. Desde então o demônio não lhe dava trégua, chegando mesmo, uma vez, a lançá-la do alto de uma escada com um braseiro na mão. Mas seu Anjo da Guarda amparou-a e ela nada sofreu.  
“Não haverá quem queira padecer comigo?”
Indo um dia comungar, Margarida viu a sagrada Hóstia resplandecente como um sol. Em seu centro estava Nosso Senhor Jesus Cristo tendo uma coroa de espinho na mão. Colocou-a na cabeça de Margarida, dizendo: “Toma, minha filha, esta coroa em sinal da que em breve te será dada, para te assemelhares a mim”. A religiosa diz que no momento não compreendeu o significado daquilo, mas que bem depressa o soube por duas violentas pancadas que recebeu na cabeça, “de maneira que me parecia ter a cabeça rodeada de pungentíssimos espinhos, cujas picadas não acabarão senão com a minha vida”.(25)

Na proximidade da Quarta-feira de Cinzas, provavelmente de 1681, Nosso Senhor apareceu-lhe depois da Sagrada Comunhão, “sob a figura de um Ecce Homo, carregando a Cruz, todo coberto de chagas e pisaduras, escorrendo o sangue por todo o corpo”. Disse-lhe: “Não haverá ninguém que tenha compaixão de mim e queira padecer comigo e tomar parte na minha dor, no lastimoso estado a que me reduzem os pecadores, sobretudo agora?”
A generosa Margarida Maria prosternou-se junto aos pés divinos e ofereceu-se, em lágrimas e gemidos, para carregar a Cruz. Esta pareceu-lhe toda cheia de pontas de prego, e ela sentiu-se quase sucumbir sob seu peso. Com isso, diz ela, “comecei a compreender melhor a gravidade e malícia do pecado, que eu detestava tanto em meu coração, e mil vezes preferia precipitar-me no inferno em vez de cometer um só pecado voluntariamente”.(26)
Mensagem ao “filho primogênito de meu Coração”
Túmulo da Santa em Paray-le-Monail – No detalhe, a face da vidente
A devoção ao Coração de Jesus ia fazendo seu caminho, dentro e fora dos muros da Visitação. O Sagrado Coração queria entretanto muito mais. Desejava ser adorado pelas elites, pela nobreza do país e do mundo, mas também que essa vitória viesse por intermédio do mais poderoso monarca da época.
Assim, incumbiu a sua fiel serva de transmitir ao Rei da França, Luís XIV — a quem chama afetuosamente “filho primogênito de meu Sagrado Coração” — a seguinte mensagem: Queria associá-lo ao triunfo de seu Sagrado Coração, prometendo-lhe, caso fizesse o que lhe era pedido, cobri-lo de glória ainda nesta Terra, como a nenhum outro Rei, e por fim conceder-lhe a glória do Céu.
Não sabemos se o augusto destinatário tomou conhecimento da divina mensagem, nem se ela foi entregue ao confessor do Rei, Padre de La Chaise. Uma coisa, entretanto, é certa: os pedidos do Sagrado Coração de Jesus ao Rei Luís XIV jamais foram atendidos.
Não viveria muito mais, porque não sofria mais
Uma nova superiora, Madre Catarina Antonieta de Lévy-Châteaumorand, para aliviar ou para provar a Irmã Margarida, que apesar de ter somente 43 anos já estava muito enfraquecida pelas penitências e longas enfermidades, proibiu-lhe a hora de adoração noturna da quinta para a sexta-feira e todas as austeridades que ela praticava, exigindo-lhe mesmo a devolução dos instrumentos de penitência.(27)
No mês de junho de 1690, Margarida dizia: “Eu não viverei muito mais, porque não sofro mais”. Com efeito, esta santa, considerada uma das maiores místicas da Igreja, entregou sua bela alma a Deus no dia 17 de outubro desse mesmo ano.

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