quinta-feira, 30 de janeiro de 2014


Da obrigatoriedade do uso do traje eclesiástico

3ª objeção: todos os cristãos são iguais e não devem, portanto, diferenciar-se em seus trajes

Essa teoria é fruto da falta de um correto entendimento do que sejam o sacerdócio católico e a vida religiosa na Igreja. Para um melhor entendimento, remetemos o leitor aos tópicos anteriores, onde deixamos patente a diferença essencial entre o sacerdócio e o laicato, e a diferença não-essencial mas acidentalmente grave entre a profissão religiosa e o estado secular. A renúncia radical que fazem os clérigos – ministros de Cristo – e os religiosos – consagrados a Cristo por votos explícitos e públicos – já demonstra que não são iguais aos demais fiéis. E não o sendo, nada obsta a que se vistam de modo diferente.

Quando igualamos os sacerdotes e os religiosos aos outros cristãos, geralmente essa operação é fruto da má compreensão dos elementos mais rudimentares da doutrina católica, infelizmente tão atacados intra muros Ecclesiae depois do Concílio – não por causa dele, mas pelas distorções que os modernistas e progressistas fazem de seus documentos, contrariando as disposições do Papa e o saudável apego à Tradição. Por isso, o uso do traje é também um sinal de resistência ao progressismo, uma bandeira de fidelidade ao Romano Pontífice e ao Magistério (e não só à disciplina, uma vez que a crítica à disciplina do traja está ligada, como vimos, à crítica ao próprio ensino eclesiástico).

goo.gl/RR9IIV

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