sexta-feira, 29 de maio de 2015

SANTA MARIA MADALENA DE PAZZI

O século XVI teve a oportunidade, rara na história, de ver florescer o dom de grandes santas místicas: Tereza de Ávila, Catarina de Gênova, Catarina de Ricci e a santa homenageada hoje, Maria Madalena de Pazzi.

Recebera o nome de Catarina no batismo e cresceu bela e muito inteligente em sua cidade natal, Florença. Tinha origem nobre, com acesso tanto à luxúria quanto às bibliotecas e benfeitorias da corte da família De Médici, que governava o ducado de Toscana.

Sua sensibilidade foi atraída pelo aprendizado material e espiritual, abrindo mão dos prazeres terrenos, do luxo e das vaidades que a nobreza proporcionava. Assim, ao contrário do desejo dos pais, fez a primeira comunhão aos dez anos, coisa nada normal para a época. Aos dezoito entregou-se à vida religiosa das carmelitas, onde assumiu o nome de Maria Madalena.

A partir daí, passou a viver experiências místicas impressionantes, onde eram comuns os êxtases provocados por penitência, oração e contemplação, originando extraordinárias visões proféticas. Para que suas revelações divinas não se perdessem, seu superior ordenou que três irmãs anotassem fielmente as palavras que explodiam de sua boca durante os êxtases.

Um volumoso livro foi escrito com essas premonições e mensagens, e ela de próprio punho escreveu muitas cartas dirigidas a papas e príncipes contendo ensinamentos e orientações.

A vida mística acabou lhe acarretando doenças e desolações interiores que consumiram sua saúde. Morreu em 25 de maio de 1607 com apenas quarenta e um anos. Foi canonizada, pelo Papa Clemente IX, no mesmo ano, coisa nada natural até na sua época.

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