quinta-feira, 18 de abril de 2013

Santa Maria da Encarnação (Viúva) 

Santa Maria da Encarnação nasceu em Paris, no dia 1º de Janeiro de 1565. Seu nome de batismo era Bárbara. Casou-se aos 16 anos com um rico senhor, chamado Pedro Acário, e foi mãe de seis filhos. Passou por várias atribulações e aflição de espírito. Seu marido foi exilado, seus bens confiscados. Tomou a defesa do marido, não se detendo até provar a inocência dele. Educou os filhos no amor à verdade, no respeito e no serviço aos mais pobres e desvalidos. Ensinou-os a viver de maneira simples, sóbria, modesta e temente a Deus. Ensinou-lhes também o espírito de sacrifício e a força de vontade perante as dificuldades. E o fez mais com seu exemplo do que com palavras: os infelizes, os aflitos, os doentes, os encarcerados encontraram nela amparo e proteção. Assentou na França as Carmelitas e apoiou a obra das vocações. Morto seu esposo em 1613, ingressou ela na Ordem das Carmelitas, jurando obediência à própria filha, eleita abadessa do convento de Amiens. Terminou os seus dias num leito de dor no convento carmelita de Pontoise. E ao morrer no dia 7 de fevereiro de 1618, recitou várias vezes os Salmos 21 e 101. Era quinta-feira santa do ano 1618. Oração Prece do abandono a Deus. Ouve, Senhor, a minha prece, que o meu grito chegue a ti! Não escondas tua face de mim no dia da minha angústia. Inclina teu ouvido para mim; no dia em que te invoco, responde-me depressa! Pois meus dias se consomem em fumaça, meus ossos queimam como um braseiro; pisado como relva, meu coração está secando, até mesmo de comer meu pão eu esqueço; por causa da violência do meu grito os ossos já se me apegam à pele. Estou como o pelicano do deserto, como o mocho das ruínas; fico desperto, gemendo, como ave solitária no telhado. Meus inimigos me ultrajam todo o dia, maldizem-me. Eu como cinza em vez de pão, com minha bebida misturo lágrimas, por causa da tua cólera e do teu furor, pois me elevaste e me lançaste ao chão; meus dias são uma sombra que se expande, e eu vou secando, como a relva. Porém tu, Senhor, permaneces para sempre, e tua lembrança passa de geração em geração. (Cf. Sl 102 - Salmos e Cânticos - Oração do Povo de Deus, Ed. Paulinas, 2ª ed., 1984). 
EMANUEL ARAUJO CRISTAO GARANHUNS

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