segunda-feira, 29 de abril de 2013



EMANUEL ARAUJO CRISTAO GARANHUNS:



ido à fé, fez-se discípulo de São Pedro, se bem que por pouco tempo, mas o suficiente para absorver as virtudes angélicas na escola de seu mestre, de forma que destacou-se por seu grande fervor e admirável devoção. Com sua afabilidade, conquistou o coração de todos, tendo especial simpatia mesmo entre os pagãos. São Pedro tanto apreciou Santo Anacleto que, assim como São Lino, o designou para importantes trabalhos apostólicos em Roma e lugares circunvizinhos.

Assumiu o trono pontifício logo após o martírio de seu predecessor, São Lino, no ano 79. Da mesma forma, enfrentou as dificuldades, perseguições e constantes investidas, defendendo com muita coragem as causas da Igreja de Cristo. Em todo o império romano, não havia província tão remota e nem rincão tão escondido, que não sentisse os efeitos da sua caridade e preocupação com as necessidades dos cristãos. A uns, socorria com esmolas, a outros, alentava com cartas, e a todos consolava e dirigia com paternais instruções. Ainda que seu rebanho fosse extremamente numeroso, pastoreava os cristãos com extrema vigilância.

Ao completar doze anos no governo da Igreja, o imperador Domiciano, inimigo mortal dos cristãos, moveu contra a Igreja uma das mais horríveis e atrozes perseguições. Foram usadas todas as formas de crueldades contra os servos de Cristo. Deflagrou uma verdadeira tempestade que simultaneamente atingiu todos os cantos do império. Tão fulminante foi a ordem de extermínio que, somente em um dia, tombaram milhares de mártires cristãos, cujo sangue correu desde a parte central até às regiões mais longínquas do império. Mas pouco caso o tirano fazia da exterminação do rebanho, pois tomou conhecimento que o Pastor ainda vivia e por isto, concentrou contra ele toda a sua ira. Ordenou aos guardas que fosse encontrado o Pontífice romano, o qual não cessava de percorrer, de dia e de noite, todas as cidades e lugarejos, campinas, grutas e mesmo cavernas, usadas como esconderijo cristão. Na sua peregrinação, Santo Anacleto procurava consolar e assistir os cristãos, durante este duro período. Acabou sendo encontrado e foi arrastado e metido num cárcere, amarrado por cadeias. Grande alegria demonstrou, para admiração de todos, pois nutria o desejo de poder derramar seu sangue por Cristo. O tirano, ainda que impaciente em acabar com a vida do Pontífice, submeteu-lhe a diversos tormentos. Foi, pois, finalmente martirizado no dia 26 de abril de 92. Seus restos mortais encontram-se na Igreja de São Pedro, no Vaticano.

Reflexões:

Não fosse a Igreja divina e nossos Papas constantemente assistidos por Deus, já teria vergado nos primeiros sinais de provação. Por graça de Nosso Senhor, jamais os inimigos conseguiram vitória sobre o trono de Pedro. Santo Anacleto, numa época de constante perseguição, sabendo que seus antecessores morreram defendendo a fé, assumiu com muita determinação e bravura a divina missão. Terceiro Papa e terceiro Mártir, defensor implacável da Igreja.

Foi pelo empenho na propagação do Evangelho e conseqüente testemunho dos mártires, que a santa doutrina permaneceu intacta até os dias de hoje. Eles derramaram o sangue não por ideologias terrenas, mas pela propagação da verdade, de Jesus Ressuscitado.

Hoje, a nossa luta é outra, mas não menos terrível. A luta contra os inimigos exteriores, que por toda a parte surgem com novas modas indecentes, programas de rádio e televisão, sites escandalosos no mundo digital. Também a luta contra os inimigos interiores que, sem cessar, tentam seduzir e desvirtuar nossos princípios. A imoralidade, a indiferença aos valores da Santa Religião, apego desenfreado aos bens e prazeres, nos levarão à desgraça eterna, se não lhes opusermos a mais decidida resistência.

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