- Fábio Massalli com agências
O cantor e compositor mineiro Wando, 66, famoso por sucessos como "Moça" e "Você é Luz" e por sua coleção de calcinhas, morreu na manhã de ontem em decorrência de complicações geradas por uma parada cardíaca que teve no dia 27 de janeiro. Wando estava internado desde o dia 27 no Biocor Instituto, em Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (MG). O enterro acontece na manhã de hoje no Cemitério Bosque da Esperança, em Belo Horizonte.
Wando foi internado com dores no peito e, quando se preparava para um cateterismo, o quadro se agravou, evoluindo para um infarto no miocárdio, obrigando os médicos a submeterem o cantor a uma angioplastia de urgência para desobstruir as artérias do coração. Desde então, ele vinha sendo mantido sedado no Centro de Tratamento Intensivo (CTI), respirando com auxílio de aparelhos.
Wando foi internado com dores no peito e, quando se preparava para um cateterismo, o quadro se agravou, evoluindo para um infarto no miocárdio, obrigando os médicos a submeterem o cantor a uma angioplastia de urgência para desobstruir as artérias do coração. Desde então, ele vinha sendo mantido sedado no Centro de Tratamento Intensivo (CTI), respirando com auxílio de aparelhos.
Divulgação
Wando: tido como brega-romântico, temas principais das suas músicas eram o amor, a mulher e o sexo
Wando: tido como brega-romântico, temas principais das suas músicas eram o amor, a mulher e o sexo
Segundo o médico Herberth Miotto, coordenador da UTI do Biocor Instituto, o sedentarismo, o histórico familiar e o excesso de peso do cantor agravaram o quadro clínico do artista. Wando pesava 110 quilos.
A cantora Fafá de Belém escreveu, emocionada, sobre Wando em seu Twitter: "Wando é de um tempo que bem conheci: o sucesso não tinha ‘apoiadores’ nem jabá. Era o povo quem fazia, espontaneamente."
Antes da fama, Wanderley Alves dos Reis, mineiro nascido em Cajuri em 2 de outubro de 1945, foi caminhoneiro e feirante. O apelido Wando, ganhou da avó. Em 1973, juntamente com Nilo Amaro, compôs o samba "O Importante é Ser Fevereiro", gravado por Jair Rodrigues.
Seu primeiro disco, "Glória a Deus e Samba na Terra" (1973) foi dedicado ao samba, mas foi com o brega-romântico que Wando conquistou o sucesso. E a fama veio logo no disco seguinte, "Wando", e principalmente com a música "Moça". "Cantando na noite em São Paulo, descobri que a parte feminina adorava quando eu cantava música romântica", disse o cantor justificando a mudança de estilo.
Ao longo de sua carreira, Wando se manteve fiel ao brega-romântico e lançou discos como "Gosto de maçã" (1978), "Gazela" (1979), "Fantasia noturna" (1982), "Vulgar e comum é não morrer de amor" (1985) e "Ui – Wando paixão" (1986), "Obsceno" (1988), "Depois da cama" (1992) e "O ponto G da história" (1996).
Milhares de cópias vendidas, casas de shows lotadas e, é claro, algumas mulheres descontroladas e jogando calcinhas no palco fizeram de Wando um personagem folclórico e singular na música brasileira. Seus temas principais eram amor, mulher e sexo, tratados com romantismo.
Mas a fama de brega sempre incomodou Wando. "Quando as pessoas falam de brega, sempre se referem a uma coisa ruim. Então eu brigo por isso. Agora, eles até quiseram colocar o brega como uma coisa bacana, mas eu acho que é uma forma de pedir desculpa, e isso é mau. Se for ver, você tem que chamar o Chico Buarque de brega, a Maria Bethânia, o Caetano Veloso, o Gilberto Gil. Eles gravaram as músicas que a gente grava. Eles gravam melhor? Não. Isso foi uma coisa cruel que fizeram."
O cantor esteve em Maringá em 1984, fazendo showmícios pelas Diretas Já. Mas muitos maringaenses, fãs de sertanejo, devem ouvir o mineiro talvez sem nem mesmo saber.
Entre os artistas que já gravaram Wando estão muitos artistas sertanejos, como Gian e Giovani ("A Próxima Vítima"), Milionário e José Rico ("Moça"), Leandro e Leonardo ("Mordida na Maçã"), Daniel ("Moça"), João Neto e Frederico ("Fogo e Paixão") e Marlon e Maicon ("Chora Coração")
MEMÓRIA
A cantora Fafá de Belém escreveu, emocionada, sobre Wando em seu Twitter: "Wando é de um tempo que bem conheci: o sucesso não tinha ‘apoiadores’ nem jabá. Era o povo quem fazia, espontaneamente."
Antes da fama, Wanderley Alves dos Reis, mineiro nascido em Cajuri em 2 de outubro de 1945, foi caminhoneiro e feirante. O apelido Wando, ganhou da avó. Em 1973, juntamente com Nilo Amaro, compôs o samba "O Importante é Ser Fevereiro", gravado por Jair Rodrigues.
Seu primeiro disco, "Glória a Deus e Samba na Terra" (1973) foi dedicado ao samba, mas foi com o brega-romântico que Wando conquistou o sucesso. E a fama veio logo no disco seguinte, "Wando", e principalmente com a música "Moça". "Cantando na noite em São Paulo, descobri que a parte feminina adorava quando eu cantava música romântica", disse o cantor justificando a mudança de estilo.
Ao longo de sua carreira, Wando se manteve fiel ao brega-romântico e lançou discos como "Gosto de maçã" (1978), "Gazela" (1979), "Fantasia noturna" (1982), "Vulgar e comum é não morrer de amor" (1985) e "Ui – Wando paixão" (1986), "Obsceno" (1988), "Depois da cama" (1992) e "O ponto G da história" (1996).
Milhares de cópias vendidas, casas de shows lotadas e, é claro, algumas mulheres descontroladas e jogando calcinhas no palco fizeram de Wando um personagem folclórico e singular na música brasileira. Seus temas principais eram amor, mulher e sexo, tratados com romantismo.
Mas a fama de brega sempre incomodou Wando. "Quando as pessoas falam de brega, sempre se referem a uma coisa ruim. Então eu brigo por isso. Agora, eles até quiseram colocar o brega como uma coisa bacana, mas eu acho que é uma forma de pedir desculpa, e isso é mau. Se for ver, você tem que chamar o Chico Buarque de brega, a Maria Bethânia, o Caetano Veloso, o Gilberto Gil. Eles gravaram as músicas que a gente grava. Eles gravam melhor? Não. Isso foi uma coisa cruel que fizeram."
O cantor esteve em Maringá em 1984, fazendo showmícios pelas Diretas Já. Mas muitos maringaenses, fãs de sertanejo, devem ouvir o mineiro talvez sem nem mesmo saber.
Entre os artistas que já gravaram Wando estão muitos artistas sertanejos, como Gian e Giovani ("A Próxima Vítima"), Milionário e José Rico ("Moça"), Leandro e Leonardo ("Mordida na Maçã"), Daniel ("Moça"), João Neto e Frederico ("Fogo e Paixão") e Marlon e Maicon ("Chora Coração")
MEMÓRIA
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