terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Sublime equilíbrio ante a lepra (2)




O Bom Samaritano, igreja paroquial de Buckland, Inglaterra



Foi principalmente depois das peregrinações na Terra Santa e nas Cruzadas que a lepra se tinha espalhado pela Europa. Essa origem aumentava seu caráter sagrado.

Uma Ordem de Cavalaria, a de São Lázaro, fora fundada em Jerusalém para se consagrar exclusivamente aos cuidados dos leprosos, e tinha um leproso como grão-mestre; e uma Ordem feminina devotara-se ao mesmo fim na mesma cidade, no hospital Saint-Jean l’Aumônier.

Certa vez que o Bispo Hugo de Lincoln – do Franco-Condado por nascimento e cartuxo por religião – celebrava a Missa, admitiu os leprosos ao ósculo da paz; e como seu chanceler o lembrasse que São Martinho curava os leprosos beijando-os, o Bispo respondeu:

‒ “Sim, o ósculo de São Martinho curava a carne dos leprosos, mas a mim é o ósculo dos leprosos que cura minha alma”.

Entre os reis e os grandes da terra, nossa Isabel não foi a única a honrar Cristo nos sucessores de Lázaro. Príncipes ilustres e poderosos consideravam esse dever como uma das prerrogativas de suas coroas.

Roberto, Rei da França, visitava sem cessar seus hospitais. 

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