SÃO JORGE
Em Lida, onde estaria seu túmulo e que foi também o local onde foi decapitado, há narrações de peregrinação ao sepulcro desde o século IV, durante as Cruzadas. Também não pode ser à toa que tenha sido ele escolhido padroeiro de Gênova, regiões inteiras da Espanha, Portugal, Lituânia e Inglaterra. Até hoje possui fervorosos devotos em todos os países católicos. Mas sua imagem de jovem guerreiro, montado no cavalo branco e enfrentando um terrível dragão, obviamente reporta às várias lendas que narram esse feito extraordinário. A maior parte delas diz que uma pequena cidade era atacada periodicamente pelo sobrenatural animal, que habitava um lago próximo e fazia dezenas de vítimas com seu hálito de fogo. Para que a população inteira não fosse destruída pelo dragão, a cidade lhe oferecia vítimas jovens, sorteadas a cada ataque. Certo dia chegou a vez da filha do rei, que foi levada pelo soberano em prantos à margem do lago. De repente apareceu o jovem guerreiro e matou o dragão, salvando a princesa. Ou melhor, não o matou, mas o transformou em dócil cordeirinho, que foi levado pela jovem numa corrente para dentro da cidade. Ali, o valoroso herói informou que vinha da Capadócia, chamava-se Jorge e acabara com o mal em nome de Jesus, levando a comunidade inteira à conversão. De fato, sabe-se que foi denunciado como cristão, preso, julgado e condenado à morte. Mas o momento do martírio também é cercado de lendas. Conta a tradição oral que ele foi cruelmente torturado, mas não sentiu dor. Foi então enterrado vivo, mas nada sofreu. Ainda teve de caminhar descalço sobre brasas, foi jogado e arrastado sobre elas e mesmo assim nenhuma lesão danificou seu corpo, sendo então decapitado pelos assustados soldados. Jorge teria levado centenas de pessoas à conversão, inclusive a mulher do imperador, pela resistência ao sofrimento e à morte. São Jorge virou um símbolo de força e fé no enfrentamento ao mal. (© 1997-2002 Direitos reservados Pia Sociedade Filhas de São Paulo - www.paulinas.org.br) |
quinta-feira, 23 de abril de 2015
Assinar:
Postar comentários (Atom)

Nenhum comentário:
Postar um comentário