terça-feira, 28 de abril de 2015


SÃO PEDRO CHANEL

Quando o missionário marista Pedro Chanel desembarcou na minúscula Ilha de Futuna, um fragmento das ilhas Fiji entre o Equador e o Trópico de Capricórnio, em 1827, não se podia dizer que o lugar fosse um paraíso.

A pequena ilha é divida em duas por uma montanha central e cada lado era habitado por uma tribo, que vivia em guerra permanente contra a outra. Hoje o local é, sim, um paraíso para os milhares de turistas que a visitam anualmente e para a população, que é inteiramente católica e vive na paz do Senhor. E se hoje é assim, muito se deve ao trabalho de Pedro Chanel que por este ideal deu a vida.

Pedro nasceu na França em 1803 e ordenou-se sacerdote no Seminário de Bourg. Desde jovem queria ser missionário evangelizador, mas primeiro teve que trabalhar como pároco de Amberieu e Gex, pois havia carência de padres em sua pátria. Juntou-se a outros padres que tinham a mesma vocação e trabalharam sob uma nova congregação, a dos Maristas, dos quais foi um dos primeiros membros. Logo conseguiu embarcar para a Oceania, na companhia de um irmão leigo, Nicézio.

Foi um trabalho lento e paciente. Os costumes eram tão diferentes, a cultura tão antagônica à do ocidente, que primeiro ele teve que entender o povo para depois pregar. Mas assim que iniciou a evangelização muitos jovens passaram a procurá-lo.

O trabalho foi se expandindo e, em breve, grande parte da população se havia convertido, o que custou a vida do corajoso missionário. Ao perceber que vários membros de sua família haviam aderido ao cristianismo, Musumuso, o genro do cacique, matou São Pedro Chanel a bordoadas de tacape. Corria o dia 28 de abril de 1841.

Era o fim da vida para o marista, mas a semente que plantara Musumuso não pôde matar, como se vê até hoje.



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