quarta-feira, 1 de abril de 2015


SANTO HUGO

Muito pouco se sabe da vida de Santo Hugo, bispo de Grenoble, na França, até o momento em que abraçou a religião como forma e filosofia de vida.

Seus dados biográficos conhecidos são os básicos. Nasceu em 1053 em Castelo Novo, na região do Isère, sudoeste da França, e tornou-se membro do clero na diocese de Valence, onde foi nomeado cônego.

Posteriormente, passou para na Arquidiocese de Lião, onde foi secretário do arcebispo. Foi nessa época que recebeu a primeira de uma série de missões que o tornariam célebre.

Hugo foi designado por seu superior para atuar como legado junto ao Papa Gregório VII. Este, por sua vez, reconhecendo nele méritos de inteligência, prudência e piedade, deu-lhe uma missão mais importante ainda: renovar a diocese de Grenoble.

Região muito antiga, situada próximo aos Alpes, entre a Itália e a França, a diocese possuía uma vasta e importante biblioteca, rica em códigos e manuscritos antigos.

A Região era muito extensa e possuía um grande número de habitantes, mas suas qualidades terminavam aí. Há tempos a diocese não tinha comando, a disciplina eclesiástica evaporara e até os bens da Igreja estavam depredados.

Hugo começou o trabalho, mas eram tantas as resistências que renunciou ao cargo e retirou-se para um convento. Mas, sua vida de monge durou apenas dois anos. O Papa insistiu, o fez ver que era o mais capacitado para a espinhosa missão e Hugo retomou o cargo.

Cinco décadas depois, num trabalho que lhe consumiu as forças, a diocese estava renovada e até já abrigava o primeiro mosteiro da Ordem dos Cartuxos.

Santo Hugo não só deixou a comunidade organizada e eficiente, como ainda arranjou tempo e condições para apoiar São Bruno na fundação da ordem dos seus sonhos, apta a abrigar monges que buscavam uma vida austera, como reação ao mundanismo e egoísmo do século.

Foram 52 anos de uma atuação que uniu o povo na fé. Ao sentir a morte se aproximar, Hugo tentou pedir exoneração do cargo, mas recebeu do Papa Honório uma resposta digna de sobreviver aos séculos: para o bem do seu povo, ele preferia o santo à frente da diocese, mesmo velho e doente, a um jovem cheio de saúde e sem as suas qualidades.

Santo Hugo morreu com 80 anos e logo após seu falecimento centenas de milagres lhe foram atribuídos. Dois anos depois já era venerado como santo e seu culto já se espalhava pela França.

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