Nessa época Roma, depois de resistir às invasões de godos, visigodos, hunos, vândalos e outros povos bárbaros, acabou sucumbindo aos hérulos, chefiados pelo Rei Odoacro, que depôs o Imperador Rômulo Augusto.
A partir daí, invasores de todos os tipos se instalaram, depredaram, destruíram e repartiram o império que era o centro do mundo. Roma, a capital daquele mundo, sobreviveu.
Afinal, a única autoridade moral restante, aquela que ficou do lado do povo e acolheu, socorreu, escondeu e ajudou a enfrentar o terror, foi a do papa São Simplício.
Simplício fazia parte do clero romano quando sucedeu o Papa Hilário. Tinha larga experiência no serviço pastoral e social da Igreja e a vantagem de ter convivido com o Papa Leão Magno, que deteve a invasão de Átila, o rei dos Hunos.
Coragem não lhe faltava, muito menos fé e energia. Além de manter vivamente ativas as grandes basílicas de São Pedro, São Paulo e São Lourenço Fora dos Muros, que acolhiam os católicos em peregrinação aos túmulos dos apóstolos, construiu e fundou muitas igrejas novas, expandindo dioceses e reafirmando o respeito à fé e à ortodoxia.
Os escritos antigos registram suas várias cartas a bispos, orientando sobre a forma de enfrentar as heresias que se espalhavam, ficando ao lado do povo, ensinando, pregando, dando exemplo de como evangelizar mesmo com todas as dificuldades. Morreu amado pelo povo e respeitado até pelos reis pagãos.
E assim Roma, graças à atuação do Papa São Simplício, apesar de assolada por hereges de todas as crenças e origens, deixou de ser a Roma dos Césares passando a ser a Roma dos Papas.
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