segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Estamos no advento, tempo de espera pela vinda de Jesus. Tempo de alegria expectante e vigilante, de renovação da esperança, de buscar conversão e pobreza interior. Muitos profetas viveram o advento, esperavam e anunciavam a vinda do Messias. Todos têm um papel especial. Porém, um homem entre tantos se destaca, podemos dizer que foi escolhido para a maior missão que um homem poderia receber: Ser o pai adotivo de Jesus, o filho de Deus. Este homem chama-se José.
Deus o fez senhor de sua casa, ou seja, o zelador de seu lar, o guarda de sua família. A família na qual nasceria seu filho Jesus. E qual o papel de José ao lado de Maria? Qualquer mulher em período de gestação necessita de cuidado, ajuda, proteção. O esposo que está ao lado da esposa grávida lhe transmite muito mais do que imaginamos. O simples fato de estar ao lado lhe garante segurança, e isto, não só para ela, mas também para a criança. José foi essencialmente a segurança de Maria. O escolhido de Deus para desempenhar este papel fundamental do homem.
Na ladainha de São José rezamos aquilo que ele foi ao lado de Maria durante todo o tempo de espera pelo nascimento de Jesus, mas também o que continuou sendo ao lado de Nossa Senhora.
Casto guarda da Virgem, Sustentador do Filho de Deus, Zeloso defensor de Jesus, Chefe da Sagrada Família, José justo, Casto, Prudente, Forte, Obediente, Fiel, Espelho de paciência, Amante da pobreza, Honra da vida de família, Amparo das famílias…
José só nos dá provas de que honrou sua missão ao lado de Maria. Correu todos os riscos para cuidar dela e de Jesus sendo assim diligente servidor de nossa salvação. Muito podemos aprender com ele neste tempo de advento.
José é o homem da intimidade com Deus. Aquele que nunca deixará de cumprir o que o Senhor lhe pedir. Assim como Maria, não exitou em responder sempre sim ao Senhor. Mesmo diante da dúvida, sua atitude foi esperar, orar e pensar. E na certeza, sua atitude foi apressar-se em responder ao apelo de Deus. Por isso Maria sempre esteve segura ao seu lado.
São José não esperou aprovação dos outros em nenhuma decisão que haveria de tomar por causa de Deus. Antes, estava preocupado em obedecê-lo. Sabia que a justiça divina não correspondia ao pensamento humano e terreno, mas a valores eternos. A aceitação de José começa no momento da anunciação. Graças a Deus que ele não dependia de aprovação, caso contrário não teria aceitado uma esposa grávida. José sabia que era obra de Deus…
José era tão íntimo de Deus, era tão sensível ao Senhor que até mesmo quando dormia, dormia com Deus, por isso ouviu seu anjo falar-lhe em sonho. Isto nos ensina a buscarmos tal intimidade. Mas como? Não dando ouvidos a tantas coisas que nos dispersam. A voz dos outros, a televisão, a músicas impróprias, filmes, excessos. José era de Deus, pertencia a Deus e por isso podia ouvir a voz de Deus. A fé de José não é uma fé cega, mas uma fé que enxerga longe; nem uma fé surda, mas uma fé que escuta Deus até em sonhos.
Por fim, neste modelo de homem como também em Maria, e por que não dizer, neste casal, podemos encontrar o segredo da liberdade. Tanto Maria como José não consultam um ao outro sobre responder ou não a voz de Deus. Eles demonstram confiança em si, no outro e em Deus. Para serem livres, imediatamente obedecem a Deus. A verdadeira liberdade está em obedecer ao que Deus pede e só obedece quem ouve e está disposto. Um bom advento com Maria e José e que eles nos levem a sermos corajosos e disponíveis ao plano da salvação!

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