SANTO ANDRÉ DUNG-LAC E SEUS COMPANHEIROS São quatro séculos de perseguições sangrentas que levaram ao martírio milhares de cristãos massacrados nas montanhas, florestas e em regiões insalubres. Enfim, em todos os lugares onde buscaram refúgio. Hoje homenageamos cento e dezessete mártires vietnamitas, canonizados pelo papa João Paulo II em 1988. A maioria viveu e pregou entre os anos 1830 e 1870 e dentre eles é tomado como exemplo maior o padre André Dung Lac. Filho de pais muito pobres que o confiaram desde pequeno à guarda de um catequista, ordenou-se sacerdote em 1823 e foi cura e missionário em diversas partes do país. Foi salvo da prisão diversas vezes, graças a resgates pagos pelos fiéis, mas nunca concordou com eles. Uma citação sua mostra claramente o que pensava destes resgates: "Aqueles que morrem pela fé sobem ao céu. Ao contrário, nós que nos escondemos continuamente gastamos dinheiro para fugir dos perseguidores. Seria melhor deixar-nos prender e morrer". Finalmente, foi decapitado em 1839, em Hanói. Passada esta fase tenebrosa, veio um período de calma que durou cerca de setenta anos. Mas os martírios recomeçaram com a chegada do comunismo à região. Os anos de paz permitiram à Igreja que se reorganizasse em numerosas dioceses que reuniam centenas de milhares de fiéis. Mas os chineses e os russos aniquilaram, a partir de 1955, todas as instituições religiosas, dispersando os cristãos, prendendo, condenando e matando bispos, padres e fiéis, de maneira arrasadora. A única fuga possível era através de embarcações precárias que sucumbiam nas águas que poderiam significar a liberdade, mas que levavam invariavelmente à morte. (© 1997-2002 Direitos reservados Pia Sociedade Filhas de São Paulo - www.paulinas.org.br) |
segunda-feira, 24 de novembro de 2014
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