quinta-feira, 27 de novembro de 2014


NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS

A oração mundialmente conhecida está justificadamente ligada à data de hoje, em que se homenageia Nossa Senhora enquanto advogada da humanidade junto ao Criador.

Estava impressa em letras douradas na visão divina com que foi presenteada a Irmã Catarina Labouré, motivo da inclusão da data no calendário litúrgico.

Homenageia-se Maria por sua benevolência em servir aos fiéis e colocar à sua disposição um símbolo de apoio à fé: a Medalha Milagrosa, que a Virgem quis oferecer ao mundo conturbado do século XIX, mostrada na visão com o aviso de que serviria como instrumento de milagres.

Através dela se poderia mais facilmente pedir e receber graças com intervenção da mãe de Jesus. Mas a aparição serviria também como meio de preparação para a aceitação do dogma de sua Imaculada Conceição, em 1854. A visão se deu antes disso, em Paris, a 27 de novembro de 1830, exatamente às 17 horas e 30 minutos.

Irmã Catarina pertencia à comunidade das Filhas da Caridade, fundada por São Vicente de Paulo, e não foi esta a primeira visão que teve da Virgem, nem a última. Em visões futuras, receberia ainda a incumbência de fundar a Associação das Filhas de Maria.

Mas esta visão veio em forma de um quadro oval e tinha atrás de si um monograma, que foi então cunhado em forma de medalha, em 1832, com autorização do arcebispo de Paris, Dom Quelen. O primeiro a aprovar oficialmente e a abençoar a medalha foi o papa Gregório XVI, que se entregou à proteção da medalha e passou a conservá-la junto ao seu crucifixo.

Pio IX, seu sucessor, dava-a como presente aos que o procuravam pedindo auxílio e aconselhamento. Milhares delas foram produzidas e espalhadas pelo mundo e, sem dúvida nenhuma, muito contribuíram para a aceitação do dogma. A Festa da Medalha Milagrosa foi instituída em 23 de julho de 1894, por Leão XIII.

Eis a descrição da visão e do monograma, tal como relatou irmã Catarina Labouré: "Maria estava sobre o globo do mundo, do qual só se via a metade e, com o pé, esmagava a cabeça da serpente. Vestia túnica alvíssima e um manto azul cobria-lhe a cabeça, descendo de ambos os lados até os pés. De suas mãos, estendidas, desciam raios luminosos que caíam sobre a Terra".

Em volta do quadro oval estavam as palavras que formam a oração citada, escritas em letras douradas. Ao virar o quadro, Irmã Catarina viu atrás dele o monograma que deu origem à medalha: "A letra M, encimada por uma cruz, tendo um risco na base e, embaixo, os corações de Jesus e de sua Santíssima Mãe. O coração de Jesus cercado de uma coroa de espinhos e o de Maria transpassado por uma espada e, ao redor destes símbolos, uma coroa de doze estrelas".

Ao mostrar a visão, Nossa Senhora lhe disse: "Manda cunhar uma medalha por este modelo. As pessoas que a trouxerem consigo, principalmente usando-a no pescoço, receberão grandes graças, e as graças serão copiosas para os que tiverem confiança".

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