Inácio era filho de nobre família da Província de Guipuzcoa, na Espanha, e nasceu em 1491 ou 1496. Cresceu praticando esportes eqüestres, tornando-se depois célebre cavaleiro. Assim, fidalgo e exímio cavaleiro, só poderia mesmo tornar-se militar. Foi um militar daqueles chegados às aventuras das armas e do amor. Assim, participou de várias campanhas e batalhas.
Mas, em 20 de maio de 1521 uma bala de canhão mudou sua vida. Ferido por ela na tíbia da perna esquerda, durante a defesa da cidade de Pamplona, em 20 de maio de 1521, ele ficou longo tempo em convalescença.
Nesse meio tempo, meio por acaso, trocou a leitura dos romances de infantaria e guerra pela paixão de Cristo. Incentivado por sua irmã, não voltou mais aos livros que antes adorava, passando a ler somente livros religiosos. Mais que isso, acabou por trocar a vida militar por uma vida de dedicação a Deus.
Foi então até a capela do santuário de Nossa Senhora de Montserrat, pendurou sua espada no altar e deu as costas ao mundo do desfrute e do prazer. Passou a viver como eremita e mendigo, o tempo todo em penitência, na solidão e passando as mais cruéis necessidades.
Durante esse período, passado numa caverna em Manresa todo o ano de 1522, preparou a base do seu livro mais importante: “Exercícios Espirituais”. Sua vida mudou tanto que, do campo de batalhas, passou a transitar no campo das idéias, indo estudar filosofia e teologia em Paris e Veneza.
Em Paris, a 15 de agosto de 1534, na companhia de mais seis companheiros, fundou a Companhia de Jesus, que tantos missionários enviou ao mundo pelos séculos seguintes, firmando o cristianismo nas terras novas e levando a palavra de Deus a selvagens e nativos pagãos.
Sua visão do catolicismo está presente até hoje. Estudando-se a fundo sua vida e seus escritos, podemos dizer que, hoje, todos nós somos um pouco frutos de sua busca interior e das definições resultantes dela. Diz-se também dele que foi o primeiro a conseguir representar a Igreja no campo das ciências. Enfim, sua forma de ver a obra missionária espalhou o cristianismo pelos quatro cantos do mundo.
Santo Inácio de Loyola morreu a 31 de julho de 1556 e foi canonizado pelo Papa Gregório XV em 12 de março de 1622.
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