quinta-feira, 28 de março de 2013


Bíblia Católica Online:EMANUEL ARAUJO CRISTAO GARANHUNS:Kerigma,scj.
O LOUVOR E O SERVIÇO
(Homilia da missa da ceia do Senhor)

“Vou cumprir minhas promessas ao Senhor na presença de todo do povo reunido” (Sl 115, 18)
Assim o salmista se fez arauto de nosso compromisso com Deus e de seu povo. Nós, como cristãos reunidos em comunidade, confirmamos este compromisso bebendo do cálice do Senhor e renovamos o pacto: a comunhão com o sangue do Senhor. “O cálice por nós abençoado é a nossa comunhão com o sangue do Senhor” dizia a antífona. 

O Salmo 115 era cantado na ceia pascal judaica. Durante a ceia, os judeus se comprometiam com Deus diante do povo. Com o Salmo, tornavam público o compromisso assumido. Reconheciam que o Senhor não quer a morte de seus filhos e comprometiam-se com o que celebravam: a libertação de cada um e de todo o povo da escravidão.

Hoje cantamos o mesmo salmo na Eucaristia. Não mais relacionado à ceia pascal judaica, mas à ceia pascal que Cristo realizou com a sua Paixão, Morte e Ressurreição. Mas se o contexto é outro, a finalidade é a mesma: durante o canto do salmo, cada um de nós se compromete publicamente com Deus e com Jesus Cristo ao dizer: “Vou cumprir minhas promessas ao Senhor na presença de todo do povo reunido”. (Sl 115, 18).

Eu. Vocês.  Nós prometemos a Deus que iremos realizar as promessas que aqui fizemos. São promessas que comprometem e nos fazem viver como seguidores de Cristo diante do povo. De fato, não cantamos que vamos cumprir a promessa em privado - apenas no foro íntimo - mas sim diante do povo reunido. O povo, a comunidade, todos devem dar-se conta que somos pessoas comprometidas com Cristo. Em toda Eucaristia, nós nos comprometemos com Deus. 

E o que prometemos? Que vamos anunciar a morte do Senhor e proclamar a sua ressurreição, como nos diz a segunda leitura.

Nós, cristãos, temos um modo próprio de viver esse compromisso eucarístico e hoje a liturgia nos lembra de duas atitudes cristãs essenciais: O amor fraterno e o serviço: “Eu vos dou um novo mandamento – diz o Senhor – que vos ameis uns aos outros, como eu vos tenho amado”(Jo 13, 34).E Jesus cumpre o mandamento lavando os pés dos apóstolos: “Se eu, o Senhor e Mestre, vos laveis os pés, também vós deveis lavar os pés uns dos outros” (Jo 13, 14).

No Evangelho, Jesus ensina, com esse exemplo, o que é viver o mandamento do amor no cotidiano de nossa existência: é assumir uma postura de servidor. Nada de dominar, mas somente o serviço, ainda que seja o mais humilhante, como lavar os pés dos outros.

No Evangelho há uma palavra importante para compreender o exemplo de Cristo. Jesus diz a Pedro: “Se eu não te lavar os pés, não tens nada a ver comigo”(Jo 13, 8). Quer dizer, se não aceitamos o serviço de Jesus, que foi a entrega de sua vida na cruz, nós não teremos a vida de Deus em nós. Ainda pior! Se não aceitamos viver o amor que se torna serviço fraterno, estaremos entrando na esfera da ganância, do egoísmo, com fez Judas, aquele que não estava limpo, aquele que não se comprometeu com os outros, mas somente com seus mesquinhos interesses. Pessoas assim não encontram espaço na Eucaristia, porque a Eucaristia nos torna servidores. [Como disse o Papa Francisco, “Ser cristão (ou viver a Eucaristia) não nos torna melhores que ninguém, mas nos torna servidores dos outros”]

Hoje é um dia especial para a Igreja. Celebramos a instituição da Eucaristia e recordamos o mandamento do amor. É um dia para louvar e agradecer a Deus e a Cristo por esses dons. No entanto, é também um dia para renovar nosso compromisso com o serviço aos irmãos e irmãs visando à vida plena que Cristo nos oferece na Eucaristia. Queremos celebrar a páscoa de Cristo também nos serviços de nossa vida cotidiana.

Que Deus seja louvado pela Eucaristia que de Jesus recebemos e que o Espírito Santo nos ajude a nos comprometermos com ela. Que nossas celebrações sejam cada vez mais bonitas e mais comprometedoras com o projeto pascal de Cristo.

(Ex 12, 1-14,  Sl. 115; 1Co 11, 23- 26; Jo 13, 1-15)
O LOUVOR E O SERVIÇO
(Homilia da missa da ceia do Senhor)

“Vou cumprir minhas promessas ao Senhor na presença de todo do povo reunido” (Sl 115, 18)
Assim o salmista se fez arauto de nosso compromisso com Deus e de seu povo. Nós, como cristãos reunidos em comunidade, confirmamos este compromisso bebendo do cálice do Senhor e renovamos o pacto: a comunhão com o sangue do Senhor. “O cálice por nós abençoado é a nossa comunhão com o sangue do Senhor” dizia a antífona. 

O Salmo 115 era cantado na ceia pascal judaica. Durante a ceia, os judeus se comprometiam com Deus diante do povo. Com o Salmo, tornavam público o compromisso assumido. Reconheciam que o Senhor não quer a morte de seus filhos e comprometiam-se com o que celebravam: a libertação de cada um e de todo o povo da escravidão.

Hoje cantamos o mesmo salmo na Eucaristia. Não mais relacionado à ceia pascal judaica, mas à ceia pascal que Cristo realizou com a sua Paixão, Morte e Ressurreição. Mas se o contexto é outro, a finalidade é a mesma: durante o canto do salmo, cada um de nós se compromete publicamente com Deus e com Jesus Cristo ao dizer: “Vou cumprir minhas promessas ao Senhor na presença de todo do povo reunido”. (Sl 115, 18).

Eu. Vocês. Nós prometemos a Deus que iremos realizar as promessas que aqui fizemos. São promessas que comprometem e nos fazem viver como seguidores de Cristo diante do povo. De fato, não cantamos que vamos cumprir a promessa em privado - apenas no foro íntimo - mas sim diante do povo reunido. O povo, a comunidade, todos devem dar-se conta que somos pessoas comprometidas com Cristo. Em toda Eucaristia, nós nos comprometemos com Deus. 

E o que prometemos? Que vamos anunciar a morte do Senhor e proclamar a sua ressurreição, como nos diz a segunda leitura.

Nós, cristãos, temos um modo próprio de viver esse compromisso eucarístico e hoje a liturgia nos lembra de duas atitudes cristãs essenciais: O amor fraterno e o serviço: “Eu vos dou um novo mandamento – diz o Senhor – que vos ameis uns aos outros, como eu vos tenho amado”(Jo 13, 34).E Jesus cumpre o mandamento lavando os pés dos apóstolos: “Se eu, o Senhor e Mestre, vos laveis os pés, também vós deveis lavar os pés uns dos outros” (Jo 13, 14).

No Evangelho, Jesus ensina, com esse exemplo, o que é viver o mandamento do amor no cotidiano de nossa existência: é assumir uma postura de servidor. Nada de dominar, mas somente o serviço, ainda que seja o mais humilhante, como lavar os pés dos outros.

No Evangelho há uma palavra importante para compreender o exemplo de Cristo. Jesus diz a Pedro: “Se eu não te lavar os pés, não tens nada a ver comigo”(Jo 13, 8). Quer dizer, se não aceitamos o serviço de Jesus, que foi a entrega de sua vida na cruz, nós não teremos a vida de Deus em nós. Ainda pior! Se não aceitamos viver o amor que se torna serviço fraterno, estaremos entrando na esfera da ganância, do egoísmo, com fez Judas, aquele que não estava limpo, aquele que não se comprometeu com os outros, mas somente com seus mesquinhos interesses. Pessoas assim não encontram espaço na Eucaristia, porque a Eucaristia nos torna servidores. [Como disse o Papa Francisco, “Ser cristão (ou viver a Eucaristia) não nos torna melhores que ninguém, mas nos torna servidores dos outros”]

Hoje é um dia especial para a Igreja. Celebramos a instituição da Eucaristia e recordamos o mandamento do amor. É um dia para louvar e agradecer a Deus e a Cristo por esses dons. No entanto, é também um dia para renovar nosso compromisso com o serviço aos irmãos e irmãs visando à vida plena que Cristo nos oferece na Eucaristia. Queremos celebrar a páscoa de Cristo também nos serviços de nossa vida cotidiana.

Que Deus seja louvado pela Eucaristia que de Jesus recebemos e que o Espírito Santo nos ajude a nos comprometermos com ela. Que nossas celebrações sejam cada vez mais bonitas e mais comprometedoras com o projeto pascal de Cristo.

(Ex 12, 1-14, Sl. 115; 1Co 11, 23- 26; Jo 13, 1-15)

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