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 São
Boaventura 1218-1274
Afresco de Beato Angélico Capela Nicolina
15 de julho
São
Boaventura
Frei Boaventura era italiano, nasceu no ano de 1218, na cidade de
Bagnoregio, em Viterbo, e foi batizado com o nome de João de Fidanza. O pai era
um médico conceituado, mas, como narrava o próprio Boaventura, foi curado de uma
grave enfermidade ainda na infância por intercessão de são Francisco.
Aos vinte anos de idade, ingressou no convento franciscano, onde vestiu
o hábito e tomou o nome de Boaventura dois anos depois. Estudou filosofia e
teologia na Universidade de Paris, na qual, em 1253, foi designado para ser o
catedrático da matéria. Também foi contemporâneo de Tomás de Aquino, outro santo
e doutor da Igreja, de quem era amigo e companheiro.
Boaventura buscou a
Ordem Franciscana porque, com seu intelecto privilegiado, enxergou nela uma
miniatura da própria Igreja. Ambas nasceram contando somente com homens simples,
pescadores e camponeses. Somente depois é que se agregaram a elas os homens de
ciências e os de origem nobre. Quando frei Boaventura entrou para a Irmandade de
São Francisco de Assis, ela já estava estabelecida em Paris, Oxford, Cambridge,
Estrasburgo e muitas outras famosas universidades européias.
Essa nova
situação vivenciada pela Ordem fez com que Boaventura interviesse nas
controvérsias que surgiam com as ordens seculares. Opôs-se a todos os que
atacavam as ordens mendicantes, especialmente a dos franciscanos. Foi nesta
defesa, como teólogo e orador, que teve sua fama projetada em todo o meio
eclesiástico.
Em 1257, pela cultura, ciência e sabedoria que possuía,
aliadas às virtudes cristãs, foi eleito superior-geral da Ordem pelo papa
Alexandre IV. Nesse cargo, permaneceu por dezoito anos. Sua direção foi tão
exemplar que acabou sendo chamado de segundo fundador e pai dos franciscanos.
Ele conseguiu manter em equilíbrio a nova geração dos frades, convivendo com os
de visão mais antiga, renovando as Regras, sem alterar o espírito cunhado pelo
fundador. Para tanto dosou tudo com a palavra: para uns, a tranqüilizadora; para
outros, a motivadora.
Alicerçado nas teses de santo Agostinho e na
filosofia de Platão, escreveu onze volumes teológicos, procurando dar o
fundamento racional às verdades regidas pela fé. Além disso, ele teve outros
cargos e incumbências de grande dignidade. Boaventura foi nomeado cardeal pelo
papa Gregório X, que, para tê-lo por perto em Roma, o fez também bispo-cardeal
de Albano Laziale. Como tarefa, foi encarregado de organizar o Concílio de Lyon,
em 1273.
Nesse evento, aberto em maio de 1274, seu papel foi fundamental
para a reconciliação entre o clero secular e as ordens mendicantes. Mas, em
seguida, frei Boaventura morreu, em 15 de julho de 1274, ali mesmo em Lyon, na
França, assistido, pessoalmente, pelo papa que o queria muito bem.
Foi
canonizado em 1482 e recebeu o honroso título de doutor da Igreja. A sua festa
litúrgica ocorre no dia se sua passagem para a vida eterna
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