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São
Cristóvão +250
25 de julho
São
Cristóvão
A
devoção a são Cristóvão é uma das mais antigas e populares da Igreja, tanto do
Oriente como do Ocidente. São centenas de igrejas dedicadas a ele em todos os
países do mundo. Também não faltam irmandades, patronatos, conventos e
instituições que tomaram o seu nome, para homenageá-lo. Ele consta da relação
dos "quatorze santos auxiliadores" invocados para interceder pelo povo nos
momentos de aflições e dificuldades. Assim, o vigor desta veneração percorreu os
tempos com igual intensidade e alcançou os nossos dias da mesma maneira.
Entretanto são poucos os dados precisos sobre sua vida. Só se tem
conhecimento comprovado de que Cristóvão era um homem alto e musculoso,
extremamente forte. Alguns escritos antigos o descrevem como portador de "uma
força hercúlea". Pregou na Lícia e foi martirizado, a mando do imperador Décio,
no ano 250. Depois disso, as informações fazem parte da tradição oral cristã,
propagada pela fé dos devotos ao longo dos tempos, e que a Igreja respeita.
Ela nos conta que seu nome era Réprobo e que nasceu na Palestina. Como
um verdadeiro gigante Golias, não havia quem lhe fizesse frente em termos de
força física. Assim, só podia ter a profissão que tinha: guerreiro. Aliás, era
um guerreiro indomável e invencível. A sua simples presença era garantia de
vitória para o exército do qual participasse.
Conta-se que, estando
cansado de servir aos caprichos de um e outro rei, apenas porque fora contratado
para lutar em seu favor, foi procurar o maior e mais poderoso de todos, para
servir somente a este. Então, ele se decidiu colocar a serviço de satanás, pois
não havia quem não se curvasse de medo ao ouvir seu nome.
Mas também se
decepcionou. Notou que toda vez que seu chefe tinha de passar diante da cruz,
mudava de caminho, evitando o encontro com o símbolo de Jesus. Abandonou o anjo
do mal e passou, então, a procurar o Senhor. Um eremita o orientou a praticar a
caridade para servir ao Todo Poderoso como desejava, então ele abandonou as
armas imediatamente. Integrou-se a uma instituição de caridade e passou a ajudar
os viajantes. De dia ou de noite, ficava às margens de um rio onde não havia
pontes e onde várias pessoas se afogaram por causa da profundidade,
transportando os viajantes de uma margem à outra.
Certo dia, fez o mesmo
com um menino. Mas conforme atravessava o rio, a criança ia ficando mais pesada
e só com muito custo e sofrimento ele conseguiu depositar com segurança o menino
na outra margem. Então perguntou: "Como pode ser isso? Parece que carreguei o
mundo nas costas". O menino respondeu: "Não carregou o mundo, mas sim seu
Criador". Assim Jesus se revelou a ele e o convidou a ser seu apóstolo.
O gigante mudou seu nome para Cristóvão, que significa algo próximo de
"carregador de Cristo", e passou a peregrinar levando a palavra de Cristo. Foi à
Síria, onde sua figura espetacular e nada normal chamava a atenção e atraía quem
o ouvisse. Ele, então, falava do cristianismo e convertia mais e mais pessoas.
Por esse seu apostolado foi denunciado ao imperador Décio, que o mandou prender.
Mas não foi nada fácil, não por causa de sua força física, mas pelo poder de sua
pregação.
Os primeiros quarenta soldados que tentaram prendê-lo
converteram-se e por isso foram todos martirizados. Depois, quando já estava no
cárcere, mandaram duas mulheres, Nicete e Aquilina, à sua cela para testar suas
virtudes. Elas também abandonaram o pecado e batizaram-se, sendo igualmente
mortas. Foi quando o tirano, muito irado, mandou que ele fosse submetido a
suplícios e em seguida o matassem. Cristóvão foi, então, flagelado, golpeado com
flechas, jogado no fogo e por fim decapitado.
São Cristóvão é
popularmente conhecido como o protetor dos viajantes, assim como dos motoristas
e dos condutores.
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