terça-feira, 28 de maio de 2013

Santo Urbano I
(25 de Maio)

Santo Urbano I, natural da Itália, é também um dos grandes Pontífices caluniado e perseguido por tomar a defesa dos direitos da esposa de Cristo. Durante seus oito anos de fiel guardião da sã doutrina, distinguiu-se pelo zelo apostólico, que culminou na sua morte em decorrência das perseguições perpetradas pelo prefeito de Roma, sob o império de Alexandre Severo.

Foi um santo varão, em justiça e piedade. Com seu exemplo de vida, caráter firme, mas com espírito manso e amável, foi responsável por inúmeras conversões, inclusive, de pessoas de alta classe social, dentre os quais a de Valeriano, esposo de Santa Cecília e de Tibúrcio, seu irmão. Todos foram batizados e zelosamente animados para que, por amor a Jesus Cristo, dessem a vida, caso fosse necessário.

Naquele tempo, os fiéis doavam muitas possessões e heranças , que auxiliavam no aprimoramento do culto divino, sustento dos ministros da Igreja e dos pobres. Santo Urbano, ordenou que tal patrimônio não pudesse ser usado, em hipótese alguma, para outros fins, estabelecendo, por decreto, graves penas a quem viesse eventualmente a usurpar as coisas eclesiásticas.

Decretou também que o sacramento da Confirmação fosse ministrado, após o Batismo, pelas mãos de um bispo. Foi o primeiro a implantar o uso de ouro, prata e pedras preciosas para de patenas, cálices e vasos sagrados, destinados ao uso do sacrossanto Sacrifício da Missa. Fez reconhecer que os homens devem oferecer ao Senhor, tudo aquilo que lhes é mais caro e precioso.

Santo Urbano trabalhou, mas também padeceu muito pela Igreja do Senhor. Foi vítima de inúmeras perseguições e acabou sendo preso por ordem do prefeito Almáquio. Depois de sofrer duros ultrajes e acoites, foi degolado no dia 25 de maio de 230, tendo seu corpo sido lançado para ser consumido por aves e quadrúpedes. Porém, uma santa mulher chamada Maimenia, com sua filha Lucina, recolheram seus restos e o sepultaram no cemitério de Pretextato, na vila Ápia.

Reflexões

Santo Urbano não poupou as mais intensas diligências no sentido de zelar pelo patrimônio da Igreja. Ao mesmo tempo, aprimorou todos os objetos destinados ao culto divino, dedicando a Deus tudo o que de mais precioso existe, empregando finíssimos materiais na confecção dos vasos sagrados.

Diante das críticas que volta e meia costumam surgir em relação a este assunto, principalmente a cobiça pelas obras artísticas que adornam o templo do Senhor, devemos nos portar também como defensores da Igreja e de todos os seus bens eclesiásticos. Eles são destinados não para a pompa da Igreja, mas para o Senhor Deus, Criador de todas as coisas. Nenhum Papa jamais converteu algum destes bens em dinheiro, como pretenderam e ainda pretendem muitas mentes vazias de conhecimento. Não admitem, ora por ignorância, ora por malícia, que a Igreja sempre socorreu aos necessitados, usando verbas específicas para este fim. Quando alguém, diante de nós, vier a tocar nesta tecla batidíssima, ou eventualmente a dúvida tentar confundir nosso raciocínio, lembremo-nos daquela mulher pecadora que, usando de bálsamo caríssimo, ungiu os pés do Divino Mestre. Judas Iscariotes, com sua cobiça terrena e com falsa piedade, denunciou o "desperdício", alegando que melhor teria sido para ela vender o bálsamo e dar o dinheiro aos pobres. Ao que Jesus retrucou: "Deixai-a! Ela reservou isto para o dia do meu sepultamento. Pobres, sempre os tereis convosco; a mim, nem sempre me tereis." (Jo 12, 5 - 9)
EMANUEL ARAUJO CRISTAO GARANHUNS

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