Indígenas de Pánzos
Foram assassinados no dia 29 de maio de 1978, quando se dirigiam pacificamente a Panzós, para saber das autoridades o paradeiro de companheiros seus, seqüestrados pelo Exército. Iam exigir o direito de cultivar a terra; terra que era de seus antepassados. Na manifestação, havia gente de várias aldeias: de Cohaboncito, de Chipate, de Soledad. Eram homens, mulheres, crianças, anciãos. Ao chegarem na localidade, o Exército já os aguardava. A repressão foi violenta, cruel e sangrenta: todos, inclusive as crianças, os velhos, as mulheres, foram fuzilados, metralhados e despedaçados por granadas. Apesar da repressão e da exibição truculenta de poder e força contra os pequeninos desse mundo, a luta continuou; muitos outros haveriam de tombar nos anos que sucederam. Somente em 1980, 59 advogados foram assassinados. Oração Prece pelos profetas da verdade Deus, nosso Pai, os mártires de Panzós morreram porque queriam a paz, o direito de cultivar a terra e de viver do trabalho de suas mãos. Como eles, milhares de pessoas já morreram banhando com sangue este chão latino-americano. Buscavam ressurreição para os povos humilhados, explorados e expulsos de suas aldeias, massacrados por causa do gado, das riquezas minerais, das grandes plantações, que geram divisas para o Estado, e que, no entanto, geram fome, analfabetismo, doença, tortura, morte para os indígenas e camponeses, que desejam a terra como fonte de vida e não de especulação. Senhor, que o instrumento de todos esses mártires vivifique a sua Igreja e resgate a força do Evangelho que é compromisso com o vosso Reino de justiça e de fraternidade.
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