16 - Imoralidade e o Corpo do Cristão (1 Co 6.12-20)

Imoralidade e o Corpo do Cristão

1 Co 6.12-20

Pr. Davi Merkh

Fui assaltado.  Não foi um assalto físico, mas ‘virtual’.  Mas provocou muitos danos.             

Fui assaltado por um vírus escondido um documento espertamente falsificado para parecer exatamente como um arquivo vindo de Microsoft.  Parecia, mas não era.  Disse que era um programa que iria concertar alguns defeitos de fábrica do Windows.  Mas foi mentira.  De fato, o documento era um ‘verme’, uma espécie de virus que eu, na minha ingenuidade, acabei instalando no meu computador, criando uma confusão tal que acabou afetando quase todo o computador, que se tornou praticamente inútil para mim.  Não só isso, mas cada vez que tentava enviar um recado por e-mail, meu computador se tornou cúmplice na expansão do virus, enviando-o para centenas se não milhares de pessoas ao redor do globo.  Foi um desastre, e fui atingido por um momento de descuido pela malícia de outros. 

Hoje, vamos conversar sobre um outro assalto, muito pior.  É um ataque satânico contra todos nós, todos os dias, através de uma falsificação.  É um ataque na área da nossa sexualidade.  O inimigo substitui a verdadeira sexualidade com algo que parece, mas não é, genuína.  Para quem não se mantém atento, o vírus da imoralidade passa por nossos sistemas de defesa, infecciona nosso “sistema operacional”, e cria uma confusão danada em tudo.  Corrompe processos mentais.  Destrói programas de família. 

Autor e conferencista evangélico Jaime Kemp diz o seguinte sobre o clima moral do nosso mundo:A nossa sociedade, ao que tudo indica, está obcecada pelo sexo.  Nem mesmo Freud conseguiria explicar.  O sexo fora do casamento, a homossexualidade, a masturbação, o sexo em grupo, o estupro, a prostituição infantil, a pornografia são práticas cada vez mais aceitas em nossa sociedade. . . .O sexo é utilizado na propaganda de automóveis, desodorantes, roupas e até mesmo de adoçantes.  É impossível você se aproximar de uma banca de jornal, sem se constranger com o grande número de revistas pornográficas.  A TV a cabo fornece canais exclusivos de exibição sexual e mais de 50% das informações disponíveis na Internet baseiam-se em sexo (Lição 12, Revista EBD SOCEP,  Jaime Kemp: O Cristão e o Sexo, p. 43). 

Fatores que Influenciam no Contexto Atual:

?A revolução sexual (sexo "livre";  campanhas de distribuição de anticoncepcionais; aborto; movimento “gay”, etc.). .

?A despersonalização da sociedade junto com um vazio generalizado no homem à procura de intimidade,realização, satisfação)

?A destruição da família (perda do significado de compromisso, de sexo no casamento, da família nuclear) ?O silêncio da família sobre questões sexuais (pesquisa: 65% nunca ouviram NADA dos seus pais sobre sexualidade!)

?O silêncio da igreja (tensões, conflitos, fracassos e frustrações escondidos; culpa; legalismo vs. libertinagem) 

Em tudo isso, desde os anos 60, ouvimos sobre “Sexo Livre”, e a mídia tenta nos convencer de que “O Sexo Liberta”.  A idéia é que, o que eu faço com meu corpo não tem nada a ver com minha alma.  Será?   Será que o sexo livre, liberta?  Será que não tem nada a ver com a alma?  Com a eternidade?  Será que é um assunto particular, que não faz mal a ninguém?  Até mesmo na igreja, percebemos pessoas com essa atitude. Dormem com a namorada ou namorado, mas cantam no coral; praticam imoralidade durante a semana, mas tocam no louvor sábado à noite ou domingo, como se fossem duas coisas totalmente distintas.  Mas Deus diz o contrário no texto que vamos estudar.  O assunto é “Imoralidade e o Corpo do Cristão”.  Vamos descobrir 3 razões  por que o cristão deve fugir da imoralidade sexual e proteger seu corpo. 

Contexto:  Temos ouvido o fundador da igreja de Corinto, o Apóstolo Paulo, pondo ordem na casa, uma família fora de controle.  O problema: egoísmo desenfreado; “Cada um por si”.  O problema é que cada um estava mirando seus próprios “direitos”, seu próprio bem-estar, e não os interesses de Cristo Jesus.  Paulo corrige essas tendências, defendendo a tese de que Somos unidos com Cristo em Sua causa! Em todos os problemas, o denominador comum era o egoísmo dos Coríntios em contraste com a nova vida cristã—a vida de Cristo neles.  A maior evidência do verdadeiro cristianismo e uma vida vivida a favor dos outros!      Mc 10.45 

Egoísmo, expresso em direitos reivindicados, é característica do mundo e não do crente.  Por isso, Paulo caracteriza o egoísmo em processar irmãos diante dos tribunais civis como sendo tão repugnante diante de Deus como os pecados sexuais comuns na cultura.  Vs. 9-11 ensinam que o ímpio vive sua vida com abandono total a seu favor.  Tudo em torno do seu gosto, do seu prazer.  Enquanto o cristão deve viver sua vida com abandono total a favor de Jesus, expresso em serviço aos outros, o ímpio zela por si mesmo.   

Note o numero de pecados sexuais na lista de egoísmo desenfreado.  Esse texto faz uma ponte para o assunto principal de hoje: Imoralidade Sexual e o Cristão.           

Impuros (fornicadores)—pessoas que exploram, defraudam sexualmente, aos outros para seu prazer, sua gratificação

Idóltaras—naquela sociedade, uma atração dupla—eu mesmo invento meus deuses, feitos conforme minha imagem, que adoro do meu jeito.  Na época, envolvia prostituição “santa”. Ironia—a cultura popular reconhecia um elo entre o material e espiritual pela sexualidade! 

Adúlteros—pessoas que trocam a aliança conjugal pelo prazer de sexo ilícito

Efeminados (pessoas passivas que se permitiam ser usadas para atos homossexuais, a fim de serem amados)

Sodomitas (homossexuais, abandonando o plano perfeito de Deus a procura de realização)  

Vs. 11 traz as boas notícias: entre os coríntios, havia todas essas pessoas.  Mas não eram mais assim! Foram lavados pelo sangue de Jesus, separados por Ele para um outro estilo de vida, declarados justos por Ele!  Não precisavam mais viver suas vidas em torno do próximo prazer! 

Encontramos 3 razões por que o cristão deve cuidar do seu corpo e fugir do pecado sexual 

I. Por que o uso do corpo é limitado ao que é útil e não escravizador (6.12)

Liberdade cristã estende-se até ao ponto de se tornar inútil e desagradável. 

“todas as coisas me são lícitas”  - a frase (em aspas na NVI) parece descrever um ditado popular entre os coríntios, especialmente da igreja.  Mas estava sendo usada totalmente fora de contexto.  Duas vezes Paulo cita esse provérbio, só para qualificá-lo depois.   

O que limita a liberdade cristã é o útil e não “escravizável”!  Em outras palavras, aquele que está unido com Cristo em Sua causa, está livre para servir ao Rei e seu Reino como nunca antes.  Fica livre para dizer não ao pecado!  Liberdade cristã se limita em termos do que será útil, benéfico, proveitoso, não somente para mim, mas para o corpo de Cristo, para meus irmãos.  Antes, eu não era capaz de me negar a favor dos outros.  Mas agora que Cristo vive em mim, a vida dEle faz isso!. 

“Todas as coisas me são lícitas”, como diziam alguns, mas Paulo acrescenta,  “eu não me deixarei dominar por nenhuma delas”.  Ele recusava se tornar escravo outra vez, escravo de suas próprias paixões, dos seus desejos, dos maus hábitos, do pecado.  Se existe alguma coisa em nossa vida que não podemos viver sem, estamos sendo controlados, dominados, escravizados, por ela (Ef 5.18).  O cristão foi liberto pela verdade (Jo 8.32,36) e verdadeiramente está livre—totalmente livre.           1 Co 9.27 

Há pessoas hoje que afirmam tanto sua “liberdade” em Cristo, que ficam escravizadas à ela!  A pessoa que precisa expressar sua liberdade pessoal a custo dos outros está escravizada à necessidade de provar que é um homem livre!  (Prior, p. 100).  Em outras palavras, fica viciada em demonstrar aos outros que está livre em Cristo.  Mas numa ironia triste, fica escravizado à sua própria liberdade.  Tudo isso no contexto do uso e abuso do corpo humano.  Paulo diz que o uso do corpo é limitado pelo que é útil e não “escravizador”.  A minha liberdade em Cristo termina onde seu nariz começa—e limitada pelo seu bem estar. 

Havia muita confusão na igreja de Corinto!  Confundiram a doutrina de liberdade cristã com libertinagem “cristã”.  Estavam explorando a doutrina da graça para significar “liberou geral” em que o corpo físico pudesse satisfazer todos os seus desejos de forma indisciplinada e desenfreada.  Interpretavam textos como Gal 5.1,Para a liberdade foi que Cristo nos libertou.  Permanecei, pois, firmes, e não vos submetei de novo a jugo de escravidão, para significar que não importava o que eles faziam com seus corpos.  Houve confusão sobre a mensagem da graça de Deus para significar “pequemos, para que a graça super-abunde!”  Mas a mensagem da liberdade em Cristo não significa que somos livres PARA pecar, mas que, pela primeira vez em nossa vida, somos livres para NÃO pecar!   

Também havia um problema filosófico da época, que havia sido batizado e incorporado na igreja.  Chama-se “dualismo”.  Dualismo separava a parte material do homem, seu corpo, da parte espiritual, seu espírito ou alma.  Diziam alguns que a única coisa importante no ser humano foi a parte imaterial ou espiritual.  Que o corpo era totalmente ruim, e que não afetava a essência do homem.  Por exemplo, um filósofo antigo (Epicteto) se descrevia com sendo uma “pobre alma algemada a um cadáver.” Havia duas conseqüências dessa doutrina falsa  “integrada” na igreja:  alguns se tornaram libertinos, acreditando que podiam fazer qualquer coisa com seu corpo sem afetar “o verdadeiro eu”, o espírito.  Outros foram ao outro extremo de ascetismo, mal-tratando, punindo seu próprio corpo, negando-lhe cuidados e satisfações.  (Veja cp. 7)Ambos os grupos estavam na igreja de Corinto. 

O pecado sexual não é útil, pois defrauda aos outros (1 Ts 4.3-8).O pecado sexual é extremamente escravizador: vicia. 

II. Por que o corpo é para o Senhor, não para impureza sexual (13-17) 

A segunda razão por que o cristão deve proteger seu corpo e fugir do pecado sexual é que nosso corpo foi feito com um propósito muito específico, que não é satisfazer a si mesmo. 

Mais uma vez Paulo cita um ditado popular da época, um provérbio, mas que admitia exceções: “Os alimentos são para o estômago, e o estômago para os alimentos”.  Parece estranho.  O que ele queria dizer com isso? O ditado simplesmente refletia a crença de que o corpo tinha seus desejos naturais, havia como satisfazê-los, e nada mais certo do que satisfazê-los.  “Fico com fome. Existem alimentos para satisfazê-la. Tenho um estômago para receber comida.  Devo fazer tudo que posso para enchê-lo.  Não faz mal a ninguém.” 

Só que, os Coríntios estavam aplicando esse mesmo argumento no contexto dos desejos sexuais:  “Tenho desejos sexuais.  Existem maneiras de satisfazê-los.  Devo fazer tudo para atender minhas ‘necessidades’. Não faz mal a ninguém.”  Rm 11.36 Cl 1.16            1 Co 8.6

 ERRADO! diz Paulo.  Há uma diferença enorme entre a satisfação da fome e a exploração sexual!  Primeiro, Deus há de destruir tanto o estômago quanto os alimentos.  Aquela função no corpo não será tão importante.  Mas a sexualidade é outra coisa!  Nosso corpo não foi feito só para satisfação dos seus desejos! Muito do que ouvimos hoje reduz o homem ao estatus de um animal. 

Somos mais que animais com impulsos e instintos!  A sexualidade humana é muito mais que satisfação biológica de hormônios!  O corpo, e por implicação, o sexo, foram feitos para o Senhor!  Existem limites na liberdade de expressão sexual, limites que promovem a glória de Deus, o bem de outros, e meu próprio bem! 

Vs. 14 nos lembra de que, assim como Deus ressuscitou ao Senhor, também nos ressuscitará—não somente nosso espírito, mas nosso corpo também.  O corpo é importante, e foi nos concedido para podermos servir a Cristo e Sua Causa! 

Vs. 15 desafia a ignorância dos Coríntios desses princípios: “Não sabeis . . .”  Mais uma vez ele usa sarcasmo para desafiar os Coríntios “sofisticados” e “sábios aos seus próprios olhos”.  Seis vezes no cp. 6 ele pergunta, “Não sabeis”, lembrando-os assim do seu esquecimento de princípios básicos da vida cristã e da ignorância doutrinária e prática que levava a podridão moral.  (cp. 6.2, 3, 9, 15, 16, 19) 

Ele ensina que os nossos CORPOS são membros de Cristo!  Eles têm um propósito!  É pelo corpo que sirvo a Deus.  O que faço com o corpo faz grande diferença!  Uma vez salvo, o que faço com meu corpo tem enormes implicações.  Uma vez “em Cristo”, Cristo está em mim!  Aonde eu for, eu levo Cristo comigo.  A lógica do versículo é simples:           

   *Se sou cristão, meu corpo é membro de Cristo            

   *Fornicação junto meu corpo a uma prostituta            

   *Fornicação une Cristo com aquela prostitua 

O pensamento é totalmente repugnante para Paulo!  Como juntar a Pessoa que representa a aliança mais séria que existe, que deu sua vida num ato de altruísmo sem par, num ato banal, casual, descomprometido, fraudulento e explorador?  Que tal coisa nunca aconteça!  

O que fazemos com nosso corpo é importante, sim.  O que o homem faz no corpo afeta, sim, sua alma! 

Vss. 16 e 17 são mais complicados, mas o argumento é o mesmo.  Alguns usam esses vss.  para defender a idéia de que o ato sexual define (constitui) o casamento.  Mas não é o caso.  É exatamente o oposto do que Paulo está dizendo. 

O argumento baseia-se em Gn 2.24, onde Deus caracteriza o casamento como “Deixar (os pais), colar-se (à esposa) e consumar (o relacionamento sexualmente)”.  Deixar outras uniões (com pais), colar-se no cônjuge (aqui é a idéia de aliança), e agora, no plano perfeito de Deus, expressar a alegria de intimidade através do mesclar santo dos seus seres no leito matrimonial (Hb 13.4).  Mas quem une-se à prostituta, falsifica o processo.  Pula para a consumação, sem que primeiro houvesse o “deixar e colar”!   

Aliança, e não o ato sexual, é o que define casamento. (Pv 2.16,17 e Ml 2.14 ecoam a mesma idéia.)  O que Paulo está dizendo, então, é que essa união sexual fora do casamento é falsa!  É superficial, uma perversão do plano de Deus.  Os dois formaram uma só carne, num relacionamento de exploração e aberração do plano de Deus.  TODO PECADO SEXUAL É ASSIM—UMA ABERRAÇÃO DA IMAGEM DE DEUS E DO PLANO DE DEUS NO RELACIONAMENTO ÍNTIMO A DOIS.  (Gn 1.27,28). 

Por outro lado, quando alguém aceita Jesus como Salvador, ele se torna um com Ele, em espírito.   É outra aliança que nos vincula para sempre com Jesus.  Por isso, temos que fugir do jugo desigual e da perversão sexual. 

Isso é especialmente o caso quando se trata de imoralidade sexual.  Existe algo profundo na relação sexual entre dois seres humanos, algo “meta-físico”, ou seja, que vai além do físico, e que toca no centro do nosso ser.  Há algo misterioso nessa uniao corporal.  É uma expressão de intimidade em outros níveis. Por isso,  os ataques de Satanás contra nossa sexualidade são estratégicas.  Ele sabe que, se conseguir perverter esse aspecto do nosso ser, consegue estragar uma parte essencial da imagem de Deus em nós. 

Por isso, qualquer relacionamento sexual fora do casamento deve ser evitado.  Inicia um processo, criado por Deus, que nos leva na direção errada.  Pornografia, sensualidade, piadas sujas, pensamentos maus, entretenimento e mais.  Namorados—evitem tudo que os coloque em situações comprometedoras. 

III. Por que o corpo é habitação do Espírito Santo e propriedade de Deus (19-20) 

Ouvimos o argumento, “Mas o que faço com meu corpo não afeta a ninguém.” É mentira!  No caso do cristão, afeta alguém muito importante!  Entristece o Espírito de Deus!  E interessante notar como todos os membros da Trindade são invocados por Paulo nessa discussão sobre imoralidade sexual.             

13- Deus o Pai é o Criador, que faz e desfaz os desejos físicos do homem, e a quem devemos servir com nossos corpos.            

14 – Jesus o Filho é quem nos redimiu e de cujo Corpo somos membros           

19—O Espírito Santo é quem nos habita, fazendo seu santuário (lugar separado para uso exclusivo) em nós.   

Mais uma vez, o corpo/espírito conjunto é extremamente importante.  O Espírito habita em corpos humanos. O que fazemos com nosso corpo tem conseqüências sérias no nosso espírito!  Deus usa nosso Corpo como santuário, lugar de serviço sagrado! 

O Espírito Santo nos habita no momento em que aceitamos Jesus como Salvador.  Ef 1.13 diz que Ele nos sela, ou nos marca, como propriedade exclusiva de Deus.  1 Pe 2.9 diz, “Vós, porém, sois . . . povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz . . . “ 

Desde a minha conversão, passei do reino das trevas para o reino da luz.  Sou súdito do Rei Jesus.  Ele é meu mestre, rei.   Não mais vivo para mim mesmo, mas para aquele que me comprou.  Sou dEle por criação e por compra!  Era dEle, me desviei, mas Ele me comprou de volta.  O preço foi o sangue do seu próprio Filho.  Meu alvo: glorificar a Deus enquanto neste corpo, usar meus membros como Ele os usaria!  Depois disto, receberei um corpo glorificado.  

A aplicação principal aqui tem a ver com a vida sexual.  A vida sexual, desde os pensamentos até o ato, tem que ser para a glória de Deus.  O que significa?  Que não viso auto-gratificação, a satisfação dos MEUS desejos, custe o que custar.  Que a sexualidade é oportunidade de refletir a glória de Deus pela pureza moral antes do casamento, pela pureza e prazer sexual dentro do casamento, pela fidelidade ao Senhor em pensamento e ação. 

Esse princípio se aplica para tudo que fazemos com nosso corpo.  Devemos ficar livres em nossos corpos de toda dependência de elementos estranhos que nos controlam, que se tornam mais importantes que o Senhor.  Ao mesmo tempo, devemos fazer o possível, para tornar nossos corpos em instrumentos eficazes e eficientes no serviço de Cristo e sua causa.  Podemos errar nos dois lados.  Alguns “malham” tanto, se preocupam tanto com seu físico, que se tornam inúteis para o Senhor. Idolatram seus corpos.  Fazem tanto exercício que não tem mais energia para servir ao Senhor.   

O outro lado da moeda, é descuidar do corpo, como se não fizesse diferença nenhuma na “obra do Senhor”. Nossos maus hábitos de comer, dormir, nos estressar, não fazer exercício, nos deixar ser dominados por vícios, tudo contribui para tirar anos de nossas vidas e nosso serviço ao Senhor. 

Conclusão:  Numa cultura obcecada pelo sexo, temos a liberdade em Cristo para desenvolver uma sexualidade sadia, realizadora.  Vamos contra a maré, mas dentro de um plano perfeito do Criador.   

Vs. 18—o centro do texto.  À luz de tudo isso, “fugi da impureza”!  Não brinque com a tentação!  Não chega tão perto do precipício quanto possível.  Corra!  Fuja!  Esse pecado é pior que outros, pois toca no centro do nosso ser.  Toca na essência da nossa personalidade e da nossa capacidade de refletir a imagem de Deus.  O ato sexual tem o potencial de ser o momento que mais “personaliza” dois indivíduos, ou o momento em que mais despersonaliza-os.  Por isso, é um pecado que causa cicatrizes profundas.  Autor Brendan Byrne (Blomberg 127) diz A pessoa imoral perverte justamente aquela faculdade em si mesmo que foi feita para ser o instrumento da comunicação corporal mais íntima entre pessoas.   Esse, o mais íntimo de relacionamentos interpessoais entre seres humanos deve ser reservado para o mais permanente de compromisso interpessoal (Blomberg, 128).   

Um comentarista (David Prior, 105) diz “Poderíamos afirmar positivamente que a virgindade é um dos dons mais criativos, libertadores, purificadores e belos que podem ser trazidos para o casamento cristão.” 

Por isso, a fuga é o conselho unânime das Escrituras quando se trata de pecado sexual.  Foi isso que José fez quando assediado pela esposa de Potifar. 

Veja esses outros textos:           

   Pv 5.8—Afasta o teu caminho da mulher adúltera, e não te aproximes da porta da sua casa           

   Pv 6.27,28—Tomará alguém fogo no seio, sem que as suas vestes se incendeiem?  Ou andará alguém sobre brasas, sem que se queimem os seus pés?           

   Pv 7.25—não se desvie o teu coração para os caminhos dela, e não ande perdido nas suas veredas (cp. 7.8)           

   1 Ts 4.3-8           

   2 Tm 2.22—Foge, outrossim, das paixões da mocidade. 

O que aconteceu com meu computador . . . Mandei para o concerto.  Conseguiram resgatar alguns arquivos. Mas precisavam reformatar todo o computador.  Deu muito trabalho e muita despesa, mas no fim, o computador ficou limpo outra vez.  Não ficou igual, e ainda estou tendo dor de cabeça para achar algumas coisas que perdi.  Há sequelas, mas dá para servir seu propósito outra vez. 

Essa é a esperança que Deus nos oferece.  Devemos fazer de tudo para nos proteger contra o virus da imoralidade.  Fugir do pecado sexual.  Mas quando somos atingidos, temos que iniciar um processo de limpeza dos documentos, do processo mental . . . Fp 4.8 

Idéia: O cristão guarda seu corpo contra impureza sexual para melhor servir ao Senhor.  Fugi da impureza e da escravidão sexual!

EMANUEL ARAUJO CRISTAO 

GARANHUNS:RADIO 87 FM

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