A Virgem
Maria, a Nossa Senhora
( ~22 a. C. - 50 d. C.)
Personalidade
bíblica nascida em Nazaré, na Galiléia, a Santíssima Mãe dos católicos e
escolhida por Deus para ser mãe de seu filho Jesus. Filha dos
nazarenos Joaquim e Ana, seu pai era sacerdote israelense em
Nazaré, e descendia de Davi e de Rute, de cuja descendência,
conforme a Profecia, viria o Messias. Sua mãe, quando se viu
grávida, e pensando que daria à luz um menino, fez voto de doá-lo e consagrá-lo
ao Templo, porque somente homens serviam aos santuários. Seu pai faleceu antes
do nascimento da filha, mas cumprindo a promessa, aos três anos de idade sua mãe
levou-a para os guardiões do Templo de Jerusalém, para decidirem sobre o destino
da menina que, pelo voto da mãe, deveria ser Consagrada e Apresentada a Deus. Os
guardiões do Templo de Jerusalém aceitaram os argumentos da mãe e designaram
Zacarias, esposo da sua tia, Elizabete, irmã da mãe dela, para
tutelá-la. Aparentemente teve uma infância normal, alegre e tranqüila, como de
todas as crianças meninas de sua época, cercadas pelos carinhos e atenções e com
o passar dos anos tornou-se uma bela moça. Por influência de sua educação
monástica, desenvolveu grande interesse pelos rolos de papiros da Escritura
Sagrada, que eram guardados na sinagoga e lidos e discutidos nas reuniões
semanais dos judeus de Nazaré. Assim foi desenvolvendo um extremo senso de
religiosidade e ganhado a crença de que Deus a escolheria dentre as mulheres,
para uma missão divina aqui na Terra. Ao completar 12 anos de idade, pelas leis
judaicas, adquiriu o gedulah, ou seja, já estava legalmente autorizadas
para se casar. Sua mãe veio de Nazaré a Jerusalém e, ao regressar, levou a filha
para passar alguns dias com ela. Em Nazaré um parente dela, José, um
homem honesto mas bem mais velho do que ela, carpinteiro de profissão, filho de
Jacó e descendente de Davi, pediu-lhe em casamento, o que foi
aceito por sua mãe. Ela rejeitava a idéia de casamento, pois sempre ouvira no
Templo de Jerusalém, que o Messias nasceria de uma virgem da genealogia
de Davi, e assim pretendia permanecer pura para os planos de Deus.
Não podendo contrariar a família, ficou noiva de José aos catorze anos e
voltou para Jerusalém após noivado ser anunciado. Enquanto José
permanecia em Nazaré, trabalhando para obter o necessário, a fim de constituir o
novo lar, em Jerusalém, no Templo, ela continuava a orar fervorosamente a
Deus. Segundo os relatos bíblicos, diante de sua santidade e pureza,
Deus tomou-lhe para ser a mãe de seu Filho, na sua condição
humana, o futuro Jesus Cristo, e por ação direta e exclusiva do
Espírito Santo, ficou grávida naquele momento, condição de mãe virgem!
Grávida antes de se casar, suportou a desconfiança de seu esposo e correu o
risco de ser apedrejada, conforme mandava a lei daquela época. Em meio a
desconfianças naturais da natureza humana, José convenceu-se de sua
gravidez celestial e a desposou antes que sua condição de solteira grávida se
tornasse pública e mantendo-se intocada até o nascimento do filho divino. Alguns
meses após, de passagem por Belém, e sem obter hospedagem mais digna, ela deu a
luz ao Filho de Deus, em uma manjedoura, provavelmente no subsolo de uma
hospedaria, aos 16 anos de idade (4 a. C.). Estava, assim, constituída a
Família Sagrada: José, Maria e Jesus. Oito meses
depois receberam a visita dos três Reis Magos que vieram do Oriente,
orientados por uma estrela divina, para adorar o Menino-Deus e
trazer presentes. Os bíblicos três presentes, ouro, incenso e
mirrra, este conhecido como o aroma dos deuses, eram na realidade as
oferendas mais valiosas e representativas daquela época. De alguma forma os
famosos Reis Magos bíblicos sumiram tão rapidamente como apareceram no Evangelho
de Mateus, e a tranqüilidade da família duraria pouco. Herodes,
Governador da Judéia nessa época, ao saber da presença dos orientais em Belém
para adorarem o recém nascido e futuro Rei dos Judeus, segundo a
Escrituras, com medo de perder o poder e desconhecendo o paradeiro de tal
criança, ordenou a matança em Belém e arredores, de todos os menores de 2 anos
de idade. Porém antes de ser atingida pela trágica decisão, e Sagrada
Família seguiu para o Egito, onde permaneceu por cerca de 6 meses, até a
morte de Herodes. Assim ela, o esposo e o filho, voltaram para a
Palestina e decidiram morar em Nazaré. Segundo algumas interpretações bíblicas
ali teve uma vida normal de esposa e teria tido outros filhos com José,
sendo portanto, Jesus o seu filho primogênito e não seu
unigênito. Ali ela criou Jesus, enviuvou (~18 d. C.), seguiu seu
filho durante sua vida pública de pregação (~27-30 d. C.) e sofreu com ele sua
paixão e o viu morrer crucificado naquele anoitecer do dia 7 de abril. Depois da
mortedo filho, permaneceu em contato com os seus discípulos e mantendo uma vida
de orações. Constantemente recebia as caravanas de peregrinos que vinham para
estar com ela e ouvirem e conhecerem seus relatos sobre seu Divino e tão amado
Filho! É tradição cristã que morreu aos 72 anos de idade. Segundo a tradição
católica, levou uma vida de santidade, de intima ligação com o filho de
Deus, desde a Encarnação até o Calvário. Assim teria sido
na visita a Isabel, no nascimento no refúgio de animais de Belém, na
apresentação no Templo diante de Simeão, no encontro entre os doutores,
nas bodas de Caná etc. Suportou com resignação a desconfiança do futuro
esposo, as dificuldades inerentes à pobreza, a perseguição de governantes
poderosos e cruéis, como Herodes, entre muitas outras provações. Por fim,
sobreviveu a dor de ver seu Filho inocente ser condenado, cruelmente
agredido e crucificado. Suportou tudo isso sem perder a fé, a confiança, a
dignidade e a esperança em seu amor e submissão a vontade de
Deus.
Figura copiada do site A VIDA DE NOSSA SENHORA
http://www.geocities.com/jusanfn/index12.htm
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