SANTOS PROTOMÁRTIRES DA IGREJA DE ROMA Para defender-se, Nero acusou os cristãos, fazendo brotar contra os seguidores da fé um ódio que se espalharia pelos anos seguintes. Nero se aproveitou das calúnias que já cercavam a pequena e pouco conhecida comunidade hebraica que habitava Roma, formada por pacíficos cristãos. Na cabeça do povo já pesava o fato de se recusarem a participar do culto aos deuses pagãos. Aproveitando-se do desconhecimento geral sobre a religião, Nero culpou os cristãos e ordenou o massacre. Há registros de um sadismo feroz e inaceitável, que fez com que o povo romano, até então liberal com relação às outras religiões, passasse a repudiar violentamente os cristãos. Houve execuções de todo tipo e forma e algumas cenas sanguinárias estimulavam os mais terríveis sentimentos humanos, provocando implacável perseguição. Por exemplo, adultos foram embebidos em pixe e transformados em tochas humanas nos jardins da Colina Oppio. Em outro episódio revoltante, crianças e mulheres foram vestidas com peles de animais e jogadas no circo às feras, para serem destroçadas por elas. E assim a crueldade se estendeu de 64 a 67, chegando a um exagero tão grande que acabou incutindo no povo um sentimento de piedade. Não havia justificativa, nem se alegando razões de Estado para tal procedimento. O ódio acabou se transformando em solidariedade. São Pedro e São Paulo foram duas das mais famosas vítimas do imperador tocador de lira e, por isso, a celebração dos mártires de Nero foi marcada para um dia após a data que lembra o martírio de ambos. (© 1997-2002 Direitos reservados Pia Sociedade Filhas de São Paulo - www.paulinas.org.br) |
segunda-feira, 30 de junho de 2014
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