segunda-feira, 30 de junho de 2014


SANTOS PROTOMÁRTIRES DA IGREJA DE ROMA

Certo dia, um pavoroso incêndio reduziu Roma a cinzas. Em 19 de julho de 64 a poderosa capital virou escombros e o imperador Nero, considerado um déspota imoral e louco por alguns historiadores, se viu acusado de ter sido o causador do sinistro.

Para defender-se, Nero acusou os cristãos, fazendo brotar contra os seguidores da fé um ódio que se espalharia pelos anos seguintes.

Nero se aproveitou das calúnias que já cercavam a pequena e pouco conhecida comunidade hebraica que habitava Roma, formada por pacíficos cristãos. Na cabeça do povo já pesava o fato de se recusarem a participar do culto aos deuses pagãos.

Aproveitando-se do desconhecimento geral sobre a religião, Nero culpou os cristãos e ordenou o massacre.

Há registros de um sadismo feroz e inaceitável, que fez com que o povo romano, até então liberal com relação às outras religiões, passasse a repudiar violentamente os cristãos.

Houve execuções de todo tipo e forma e algumas cenas sanguinárias estimulavam os mais terríveis sentimentos humanos, provocando implacável perseguição.

Por exemplo, adultos foram embebidos em pixe e transformados em tochas humanas nos jardins da Colina Oppio. Em outro episódio revoltante, crianças e mulheres foram vestidas com peles de animais e jogadas no circo às feras, para serem destroçadas por elas.

E assim a crueldade se estendeu de 64 a 67, chegando a um exagero tão grande que acabou incutindo no povo um sentimento de piedade.

Não havia justificativa, nem se alegando razões de Estado para tal procedimento. O ódio acabou se transformando em solidariedade.

São Pedro e São Paulo foram duas das mais famosas vítimas do imperador tocador de lira e, por isso, a celebração dos mártires de Nero foi marcada para um dia após a data que lembra o martírio de ambos.

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