Santo do Dia
26 de Fevereiro.
SÃO CESÁRIO, CONFESSOR
(+ Constantinopla, 369)
Santa Valburga
710-779
710-779
Santa Valburga nasceu em Devonshire, na Inglaterra
meridional no ano de 710. Era uma princesa dos Kents, cristãos que desde
o século III se sucediam no trono. Ela viveu cercada de nobreza e
santidade. Seus parentes eram reverenciados nos tronos reais, mas muitos
preferiram trilhar o caminho da santidade e foram elevados ao altar
pela Igreja, como seu pai, são Ricardo e os irmãos Vilibaldo e
Vunibaldo.
Tinha completado dez anos quando seu pai entregou o
trono ao seu sobrinho, que tinha atingido a maioridade e levou a família
para viver num mosteiro. Poucos meses depois, o rei e os dois filhos
partiram em peregrinação para Jerusalém, enquanto ela foi confiada à
abadessa de Wimburn. Dois anos depois seu pai morreu em Luca, Itália.
Assim Valburga ficou no mosteiro onde se fez monja e
se formou. Depois escreveu a vida de Vunibaldo e a narrativa das viagens
de Vilibaldo pela Palestina, pois ambos já eram sacerdotes.
No ano de 748, foi enviada por sua abadessa à
Alemanha, junto com outras religiosas, para fundar e implantar mosteiros
e escolas entre populações recém-convertidas. Na viagem, uma grande tempestade foi aplacada pelas preces de Valburga, por ela Deus já operava milagres.
Naquele país, foi recebida e apoiada pelo bispo Bonifácio, seu tio, que
consolidava um grande trabalho de evangelização, auxiliado pelos
sobrinhos missionários.
Designou a sobrinha para a diocese de Eichestat onde
Vunibaldo que havia construído um mosteiro em Heidenheim e tinha projeto
para um feminino na mesma localidade. Ambos concluíram o novo mosteiro e
Valburga eleita a abadessa. Após a morte do irmão, ela passou a dirigir
os dois mosteiros, função que exerceu durante dezessete anos. Nessa
época transpareceu a sua santidade nos exemplos de sua mortificação,
bem como no seu amor ao silêncio e na sua devoção ao Senhor. As obras
assistenciais executadas pelos seus religiosos fizeram destes mosteiros
os mais famosos e procurados de toda a região.
Valburga se entregou a Deus de tal forma que os
prodígios aconteciam com freqüência. Os mais citados são: o de uma luz
sobrenatural que envolveu sua cela enquanto rezava, presenciada por
todas as outras religiosas e o da cura da filha de um barão, depois de
uma noite de orações ao seu lado.
Morreu no dia 25 de fevereiro de 779 e seu corpo foi enterrado no mosteiro de Heidenheim, onde permaneceu por oitenta anos.
Mas, ao ser trasladado para a igreja de Eichestat, quando de sua canonização, em 893, o seu corpo foi encontrado ainda intacto.
Além disso, das pedras do sepulcro brotava um fluído
de aroma suave, como um óleo fino, fato que se repetiu sob o altar da
igreja onde o corpo foi colocado.
Nesta mesma cerimônia, algumas relíquias da Santa
foram enviadas para a França do Norte, onde o rei Carlos III, o Simples,
havia construído no seu palácio de Atinhy, uma igreja dedicada a Santa
Valburga.
O seu culto, em 25 de fevereiro, se espalhou rápido,
porque o óleo continuou brotando. Atualmente é recolhido em concha de
prata e guardado em garrafinhas distribuídas para o mundo inteiro.
Os devotos afirmam que opera milagres.
Santo Tarásio
730-806
730-806
Tarásio nasceu no ano de 730, em Constantinopla,
então capital do Império Romano e era filho do prefeito dessa cidade.
Cresceu recebendo educação cristã, recheada por vasta cultura literária.
Ao se formar, foi nomeado chanceler pelo imperador Constantino VI.
Tarásio tinha muito prestígio na corte, tanto pelo
seu saber como pelas virtudes cristãs. Apesar do luxo e da vida
desregrada da nobreza, conseguia se manter ligado aos padrões cristãos
de uma existência voltada para a caridade e fé.
Assim, por intervenção da imperatriz Irene, que era
muito devota, foi nomeado patriarca de Constantinopla. Mas, para
aceitar, Tarásio impôs suas condições. Ele queria combater firmemente a
heresia iconoclasta, que já motivara vários sínodos da Igreja e fora
repudiada em todos.
A discussão girava em torno das imagens sagradas das
igrejas. Os rebeldes consideravam sua existência como idolatria e
queriam seu fim nos templos. Porém, Tarásio, assim como o Papa Adriano I e todos os doutores e bispos da Igreja, defendia o culto e a veneração nas igrejas.
Para os católicos, não há adoração à estátua e
sim uma reverência à memória dos santos, suas obras e sua santidade
manifestadas na vida terrena, exemplo a ser seguido pelos fiéis. Por isso, não se trata de idolatria.
Tarásio foi um dos que exigiu um concílio, o de
Nicéia de 787, para esclarecer o impasse, de modo que as imagens
pudessem permanecer. Com esse seu trabalho de conscientização, a heresia
foi banida em definitivo das discussões da Igreja.
O trabalho de Tarásio não se resumiu só a esta grande
obra. Fundou um mosteiro e abriu um hospital e vários abrigos para os
pobres, que ele recebia à sua mesa como convidados, servindo ele próprio
um por um.
Fazia questão de dar exemplo e suas atitudes
diárias eram todas condizentes com o que pregava, com relação à
integridade da fé e a pureza dos costumes.
Por exemplo, quando o imperador pretendia tornar oficial uma relação fora do casamento que tinha com uma cortesã, Tarásio se opôs firmemente, sendo ameaçado de morte por Constantino VI, que pretendia conseguir da Igreja o divórcio.
Entretanto, este patriarca tinha o Papa e todos os
bispos do Oriente e do Ocidente à seu lado. O imperador acabou morrendo
antes de transformar a ameaça em condenação real. Assim, pôde dirigir seu rebanho em paz, por muitos anos, da forma como gostava, com mão suave, firme e segura.
Tarásio morreu aos setenta e seis anos, no ano 806 e
foi sepultado no “Santuário de todos os mártires” do convento por ele
fundado em Bosforo, estreito que separa a Europa da Ásia.
Domingos Lentini
Bem-aventurado
1770-1828
1770-1828
Domingos Lentini foi um simples e feliz sacerdote,
que nasceu, viveu e morreu na cidade de Lauria, no sul da Itália. Último
dos cinco filhos do casal Macário e Rosália, camponeses muito pobres,
Domingos nasceu no dia 22 de novembro de 1770.
Decidiu ser padre aos catorze anos, após a morte de sua mãe.
Em 1790, aos vinte anos de idade, ingressou no Seminário de Policastro,
na cidade vizinha. Como não tinha recursos foi patrocinado por um grupo
de padres da região. Quatro anos depois, foi ordenado sacerdote e
retornou para Lauria. Lá serviu o ministério sacerdotal da paróquia de
São Nicolau e foi professor do ensino primário.
Padre Domingos se revelou um eloqüente
sacerdote cujos sermões eram ouvidos e seguidos por todos os
paroquianos. Sabia como chegar à alma daqueles camponeses humildes e
desprovidos pela sorte. Mas o que mais impressionava era seu exemplo de
vida cristã, pois fazia tudo aquilo que dizia e pregava o Evangelho.
Muitas vezes padre Domingos era visto nas
estradas, entregando aos pobres não só seus sapatos, mas as próprias
roupas, ficando apenas com sua veste de sacerdote. A fidelidade a
Cristo o fez também um confessor muito requisitado pela população, pela
elite e pelos bispos das regiões que vinham em busca de suas palavras e
conselhos sacerdotais.
Em 1799, vieram os tempos das revoluções e contra-revoluções naquela região, inclusive com ocupações dos franceses.
A cidade de Lauria ficou totalmente destruída, os
fieis se dispersaram e a igreja de São Nicolau ficou em ruínas. Assim
que a paz voltou a reinar na região, padre Domingos passou a reconstruir
a paróquia de São Nicolau. Não era apenas reerguer as paredes da
igreja, teria de recolocar os fiéis no verdadeiro caminho da vida e da
fé cristã, que muitos haviam abandonado.
Ele falava, ensinava, confessava, pregava o Evangelho.
Praticava também duríssimas penitências, que o fizeram parecer “a
sombra do anjo” que caminhava pelas estradas de Lauria, socorrendo os
pobres e famintos, os doentes e abandonados.
Nunca se incomodou com as ironias, pois mais
valiam as mentes que se conseguia abrir ao Evangelho de Cristo com o seu
exemplo de vida penitente e dedicada a Deus para o perdão dos nossos
pecados. Padre Domingos tinha o dom da cura, da clarividência dos
pensamentos e corações. Ainda em vida intercedia em muitas graças de cura ganhando fama de santo.
Domingos Lentini, morreu no dia 25 de fevereiro de
1828, em Lauria, Itália. Seus funerais duraram sete dias, durante os
quais muitas graças foram alcançadas, causando forte comoção popular.
Foi sepultado na igreja da paróquia de São Nicolau continua sendo venerado pela população de Lauria.
Padre Domingos Lentini foi beatificado em 1997, pelo
papa João Paulo II, que decretou o dia 25 de fevereiro para suas
homenagens e festa litúrgica.
Fonte:http://www.derradeirasgracas.comEMANUEL ARAUJO CRISTAO GARANHUNS
Nenhum comentário:
Postar um comentário